Detento afirma que ex-policial confessou o homicídio e ainda acusa Bruno de ameaçá-lo
O segundo dia do julgamento de Bruno Fernandes e de outros
três réus no processo de sequestro e morte de Eliza Samudio, ex-amante
do jogador, foi marcado por mais confusão: logo pela manhã, o goleiro
surpreendeu ao anunciar a destituição de seu advogado, Rui Pimenta. E
depois reagiu com indignação durante o interrogatório de Jaílson Alves
de Oliveira, que o acusou de ameaçá-lo na Penitenciária Nelson Hungria,
onde cumpre pena. "Não te conheço, parceiro", disparou Bruno. "Doutora,
falo na cara dele. Você me ameaçou", devolveu Jaílson.
Segundo o preso, convocado ao plenário como testemunha da acusação, a
ameaça ocorreu há uma semana. Ele foi ouvido no Fórum de Contagem (MG)
por ter dito que escutou Marcos Aparecido dos Santos, o ex-policial
Bola, confessar que executou Eliza, quando os dois dividiam cela num
presídio de Minas. "Ele disse que havia jogado as cinzas dela na água.
Perguntei o que ele faria se o corpo aparecesse boiando e ele respondeu
que ‘só vão achar se os peixes falarem'", narrou Jaílson.
A testemunha afirmou ainda que Bruno e Bola tinham um plano para
matar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, que preside o júri, e que
também foi ameaçado por um policial para retirar seu depoimento. Sobre a
ameaça de Bruno, ele contou como teria acontecido: "Estava tomando
banho de sol quando o Bruno falou: ‘O que é seu está guardado. Seus dias
estão contados'".
Nenhum comentário:
Postar um comentário