O Flamengo será julgado nesta segunda-feira pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD) em virtude de problemas ocorridos na partida
contra o Atlético-MG, disputado no dia 26 de setembro, no Engenhão. O
clube pode ser multado em até R$ 100 mil por causa do uso de laser e
apitos por seus torcedores. A denúncia feita pela Procuradoria do STJD
também foi feita com base em imagens da partida e enquadrou o clube no
artigo 213-I (deixar de tomar providências capazes de prevenir e
reprimir: desordens em sua praça de desporto) do CBJD, em que a pena
prevista é de R$ 100 a R$ 100 mil em multa.
O risco de punição preocupa o diretor de futebol Zinho, que teme
consequências piores se novos casos ocorrerem, como perda de mando de
campo. O dirigente discorda com a forma que o clube está sendo
responsabilizado sobre a questão do laser e faz um apelo aos torcedores
rubro-negros para as próximas partidas.
- Se pegar o torcedor que está fazendo isso, prende. Cumpre a lei. O
que eu peço é que o torcedor se manifeste, incentive, vaie, se divirta,
mas que não faça nada que atrapalhe o espetáculo, como violência, jogar
objetos no campo, laser, somos contra. Não acho certo um cara jogar o
laser entre 30 mil torcedores e o clube ser responsabilizado por isso.
Como o clube vai fiscalizar isso? A torcida do Flamengo está nota mil,
encheu o Engenhão contra o Atlético-MG, Fluminense e Bahia, mas não pode
ser prejudicada por um ou dois torcedores – disse.
No jogo contra o Galo, o torcedor que apontava a luz verde para o
campo foi flagrado pelas câmeras de TV e desapareceu da arquibancada
após receber uma ligação. Outras luzes semelhantes foram vistas sobre o
rosto de alguns jogadores, em especial, Ronaldinho Gaúcho, alvo da
torcida do Fla após ter trocado de clube.
A má ideia parece começar a se disseminar entre alguns rubro-negros. Na
última quinta-feira, no empate sem gols com o Bahia, no Engenhão, o
"SporTV" flagrou um torcedor do Flamengo usando laser, na tentativa de
atrapalhar o goleiro Marcelo Lomba, atitude que obrigou a interferência
da Polícia Militar. O rapaz foi retirado do setor Sul do estádio por
policiais.
Cáceres também será julgado
Também nesta segunda-feira, o volante paraguaio Victor Cáceres vai a
julgamento no STJD por um episódio ocorrido na partida contra o
Atlético-MG. Ele e o zagueiro Réver, do time mineiro, são acusados de
trocarem socos durante a vitória por 2 a 1 do Rubro-Negro, em jogo
adiado da 14ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Ambos responderão ao artigo 254-A do Código Brasileiro de Justiça
Desportiva (CBJD), por "agressão física", e podem ser suspensos de
quatro a 12 jogos. Embora só o jogador do Atlético-MG tenha sido expulso
de campo pelo árbitro Jailson Macedo Freitas, da Bahia, o paraguaio
teria sido flagrado por imagens da televisão dando um soco no adversário
antes do revide.
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