O risco de rebaixamento ainda é uma preocupação real no Flamengo. A
dura derrota sofrida de virada diante do Corinthians, nesta quarta, por 3
a 2, no Pacaembu, já obriga o técnico Dorival Júnior
a cobrar maior vibração dos atletas para tirar o time da atual
“realidade” no Brasileirão. Com 35 pontos, o Rubro-Negro dorme na 14ª
posição e pode ver a distância para a zona da degola cair para cinco
pontos caso o Sport vença o Grêmio, nesta quinta-feira.
Contra o Corinthians, apesar de abrir o placar com Wellington Santos, o
Fla viu o rival virar e marcar três gols no segundo tempo (Paulo André,
Edenílson e Emerson). Apesar do domínio alvinegro, Liedson ainda
descontou no fim. Dorival Junior acredita que a postura agressiva do
Corinthians depois do intervalo foi determinante, e o Flamengo não teve
forças para se segurar na defesa com a vantagem aberta no início.
- O Flamengo não se livrou de nada. Temos que trabalhar, e muito, para
sair dessa situação. A realidade é essa, temos que conviver com ela, e
enfrentarmos com mais vibração. Buscamos correções rápidas para não
repetir erros que estão comprometendo resultados importantes. Passamos a
não ter a posse de bola no segundo tempo. Proporcionamos situação de
gols ao adversário, que fez um segundo tempo superior ao Flamengo e
mereceu o resultado pelo que procurou fazer – explicou o treinador.
Dorival Júnior orienta a equipe do Fla no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Dorival lembrou que não foi um jogo bom no aspecto técnico.
- Tivemos aproximação, posse de bola, criamos. É natural que não tenha
sido um jogo tecnicamente brilhante. As duas equipes marcaram forte, com
erros de passe. Pelo primeiro tempo, o Flamengo poderia ter tido
aproveitamento melhor, (poderia ter) se aproveitado melhor da situação.
Tínhamos que ter maior posse no meio, aproximação com o Vagner Love.
Quando conseguimos triangulações, criamos situações. No segundo tempo a
postura do Corinthians foi mais agressiva, e o Flamengo não suportou –
completou Dorival.
Dorival nega que o Flamengo tenha “afrouxado” a marcação,
proporcionando maior liberdade para o Corinthians atacar. Com cinco
homens no meio de campo, o problema do ataque (que só havia marcado 28
gols nos 28 jogos anteriores) foi resolvido com dois gols, mas a defesa
deixou de funcionar e falhou nos gols do rival. O treinador admite que a
situação do time é incômoda, mas lamenta a falta de sorte em
determinados momentos da competição.
- Não é que afrouxou a marcação. O Corinthians jogou mais, se
movimentou mais. De repente, pecamos em uma saída de bola e em uma bola
parada, assim como tínhamos tirado proveito disso na primeiro etapa. Com
o Flamengo, tem acontecido isso: lances isolados definem a sorte de uma
partida. O Flamengo tem que trabalhar mais, produzir mais. Temos campo
para que isso aconteça. Precisamos nos mexer, porque a situação incomoda
– disse o técnico.
O Flamengo volta a campo neste sábado, contra o Cruzeiro, no Engenhão.
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