O Flamengo entrará em campo sem Léo Moura neste domingo, na partida
contra o São Paulo pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. E o fato
não chega a ser uma novidade nesta temporada. Amargando a quarta lesão
no ano, o lateral direito desfalcará o time da Gávea pela 19ª vez em
2012. E o fato já começa a preocupar a diretoria enquanto ambas as
partes definem o futuro do jogador.
Enquanto o diretor executivo de futebol do clube, Zinho, encaminha toda
a renovação de contrato de Léo Moura, membros da alta cúpula
rubro-negra mantêm a cautela e preferem adiar a assinatura de um novo
vínculo. Mesmo sem falar abertamente, parte da diretoria está preocupada
com a sequência de lesões do jogador de 34 anos e com a queda de seu
rendimento dentro de campo.
Ao contrário dos outros anos, quando estava acostumado a participar de
praticamente todos os jogos do rubro-negro em cada temporada e figurava
entre os destaques da equipe, o lateral "moicano" não conseguiu emplacar
uma boa sequência em 2012 e sentiu os efeitos da idade com problema no
joelho (uma vez) e lesões musculares na coxa (três oportunidades).
Com um papel apenas coadjuvante neste ano, Léo ainda viu um novato
assumir a titularidade na posição que tomou conta durante mais de sete
anos. Com a boa fase de Wellington Silva e o seguidos desfalques do
antigo dono da lateral, a lateral direita do rubro-negro passou a ter um
novo dono no segundo semestre de 2012, com o eterno camisa 2 sendo
deslocado para o meio, já que não apresentava o condicionamento físico
de outros tempos.
Ainda assim, o jogador tenta manter a habitual tranquilidade e trata
mais uma lesão com naturalidade. Léo Moura ainda disse que não teme pelo
seu futuro em função das seguidas lesões.
"Todo mundo está sujeito a isso, independente da idade. O fato de eu
estar lesionado nesse momento não quer dizer que isso será uma regra no
futuro, ainda mais tendo a conduta profissional que procuro manter. Já
estou há muito tempo no futebol para uma lesão me desmotivar a seguir
minha carreira. Chateia momentaneamente, por não poder ajudar o time
agora. Só isso. Não é nenhum bicho de sete cabeças. Estou super
tranquilo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra [renovação]. Não
muda nada nos planos para o futuro", minimizou o jogador.
O empresário do lateral, Eduardo Uram, também mostrou tranquilidade com
a renovação de contrato e a possível sequência no Flamengo. "Estamos
tranquilos em relação a isso. Existe um acordo e só resta agora colocar
no papel", disse, rapidamente, o representante do jogador.
E o acordo realmente existe. No final de setembro, diretoria e
empresário se reuniram e deixaram bem adiantados uma renovação por dois
anos. O acordo, no entanto, ainda está na gaveta. Léo Moura, no início
das conversas, queria três anos de contrato, o que não ocorreu. E agora,
preocupados com os episódios recentes, de lesões e atuações abaixo da
média, membros da cúpula rubro-negra chegaram a cogitar a prorrogação do
vínculo por apenas mais um ano.
Em função da ligação do jogador com o clube, a proposta dificilmente
será aceita, mas o fato é que Léo Moura já não tem mais o fôlego e,
principalmente, a condição de intocável de 400 jogos atrás.
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