A novela sobre a troca da fornecedora de material esportivo do Flamengo
também mobiliza a oposição do clube. No início desta semana, alguns dos
candidatos que pretendem participar da eleição em dezembro se reuniram
para elaborar um documento que será entregue para a presidente Patricia
Amorim. Trata-se de um pedido para que a questão, considerada muito
delicada, não seja resolvida nessa gestão. O ex-presidente Delair
Dumbrosck, que comandou o clube em 2009 durante o período que Marcio
Braga estava afastado, está com o documento em mãos e irá encaminhá-lo.
O contrato entre Flamengo e Olympikus termina em 2014. A Adidas fez uma
proposta de R$ 350 milhões por dez anos. Pela oferta inicial, a
parceria começaria a vigorar em 2015. Os valores anuais são divididos
entre cota de R$ 27 milhões, mais R$ 8 milhões de material esportivo.
Atualmente, a Olympikus paga R$ 18 milhões, mais R$ 8,3 milhões em
material. Porém, no ano em que terminaria o contrato, devido à correção
anual e outros ajustes, a diferença em relação à Adidas cairá.
O Flamengo deu preferência à proposta oferecida pela Adidas, mas a
negociação, que ganhou ares de novela, ainda guarda alguns capítulos. A
decisão terá de ser aprovada pelo Conselho Deliberativo. Como se trata
de um ano eleitoral, votações desse porte não são processos simples.
Além disso, a Olympikus teme prejuízos, pois seriam dois anos em que
torcedores e consumidores já estariam cientes de que os uniformes seria
fabricados por outra marca.
A presidente Patricia Amorim delegou a importante negociação ao seu
vice geral, Hélio Paulo Ferraz, que manteve conversa com representantes
das duas empresas. Mas, desde o primeiro momento, a Adidas era a
favorita. Colocada em banho-maria, a Olympikus cobra uma decisão do
clube.
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