segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fla prefere Adidas, decisão vai ao Conselho, e Olympikus quer R$ 35 mi



nova camisa do Flamengo reprodução (Foto: Reprodução) O Flamengo deu preferência à proposta oferecida pela Adidas para que seja a próxima patrocinadora e fornecedora de material esportivo do clube. Mas a negociação, que ganhou ares de novela, ainda guarda alguns capítulos. A decisão, que deve ser comunicada oficialmente aos altos poderes do clube nesta segunda-feira, terá que ser encaminhada e aprovada pelo Conselho Deliberativo. Como se trata de um ano eleitoral, votações desse porte não são processos simples. Além disso, o contrato com a Olympikus termina no fim de 2014. A empresa teme prejuízos, pois seriam dois anos em que torcedores e consumidores já estariam cientes de que os uniformes teriam uma nova marca. Por isso, a Olympikus espera o pagamento da multa rescisória de R$ 35 milhões para encerrar o vínculo imediatamente.

A presidente Patricia Amorim delegou a importante negociação ao seu vice geral, Hélio Paulo Ferraz, que manteve conversa com representantes das duas empresas. Mas, desde o primeiro momento, a Adidas era a favorita. Colocada em banho-maria, a Olympikus cobrou uma decisão no clube por duas vezes na última semana. Na quinta-feira, Helinho teve uma reunião com Tullio Formicola, diretor da Olympikus, em São Paulo.

A Adidas ofereceu um contrato de R$ 350 milhões por dez anos. Pela oferta inicial, a parceria começaria a vigorar em 2015. A entrada da empresa no clube, no entanto, pode ser antecipada, já que ela aceita adiantar R$ 25 milhões seis meses antes de o vínculo entrar em vigor. O prazo da resposta do Flamengo já expirou e chegou ao limite. A contar da data da realização da proposta, em 2 de maio, o clube tinha 100 dias para dizer sim ou não.

Os valores da Adidas são divididos entre cota de R$ 27 milhões, mais R$ 8 milhões de material esportivo. A Olympikus paga R$ 18 milhões, mais R$ 4 milhões em roupas e uniformes. Mas, em 2014, devido à correção anual do contrato, a diferença entre as duas propostas ficará em torno de R$ 8 milhões.

A escolha pela Adidas promete movimentar os bastidores do clube. Conselheiros influentes e até mesmo pessoas com vínculo com Patricia Amorim temem pela mudança. Os defensores da Adidas levantam a bandeira de que a marca Flamengo será internacionalizada; já os da Olympikus destacam a boa relação, os serviços prestados pela empresa, e dizem que o contrato oferecido pela empresa alemã “não é tão bonito quanto parece”.

A Olympikus pagou um valor que já ultrapassa R$ 10 milhões para a construção do museu, na sede social, o que poderia ser novo impasse. Além disso, a empresa mantém a loja Fla Concept na Gávea, paga uma pequena parte do salário do atacante Vagner Love e era responsável por ajudar o clube a arcar com o salário de Deivid, que se transferiu para o Coritiba no início da semana passada. Ao longo da parceria, a empresa tem se mostrado impecável no atendimento dos pedidos não só do futebol, mas também dos esportes olímpicos, como basquete e natação.


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