Primeiro, o lançamento do muro de tijolinhos no Ninho do Urubu; no fim,
uma pedra colocada sobre a negociação com Ganso. Depois de estudar uma
cartada decisiva para contratar o jogador do Santos, uma reunião de
emergência no início da tarde desta segunda-feira contou com a
participação da presidente Patricia Amorim, diversos dirigentes e a
cúpula de futebol. Após horas de debate, a conclusão: não valeria a pena
o pesado investimento.
O Flamengo chegou a fazer uma consulta à diretoria santista, acenando
com o pagamento de R$ 23,8 milhões por 45% dos direitos econômicos, e
recebeu uma resposta positiva. Mas o histórico do jogador - que operou
os dois joelhos e tem frequentes lesões musculares - e a impossibilidade
de colocá-lo para jogar imediatamente por conta de um estiramento na
coxa foram pontos cruciais na decisão.
A negociação, que não era unanimidade, tinha apoio de Zinho, do vice de
futebol Paulo Cesar Coutinho e do vice de finanças Michel Levy. Nesta
segunda, Patricia Amorim recebeu através de intermediários a informação
de que Ganso teria, sim, vontade de defender o Flamengo. No clube,
porém, sempre existiu uma corrente que defende que a contratação estaria
fora da realidade do Rubro-Negro.
O meia é cobiçado pelo São Paulo, mas o Santos informou que só aceita
negociar sua parte dos direitos econômicos do jogador (45%) se houver o
pagamento integral da multa: R$ 53 milhões. Deste valor, R$ 23,8 milhões
são destinados ao clube da Vila Belmiro. Ganso ainda não chegou ao
limite de sete partidas pelo clube paulista - tem cinco - e poderia se
transferir para outra equipe da Série A. O prazo de inscrição na CBF
termina em 21 de setembro.
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