A cruzada do Flamengo para afastar o risco de rebaixamento neste
Campeonato Brasileiro passa por uma tarefa básica: melhorar o desempenho
como mandante. Até o fim da competição, o Rubro-Negro vai disputar 14
partidas, nove delas no Rio, incluindo os clássicos contra Fluminense,
Vasco e Botafogo, que têm carga de ingressos dividida. As demais serão
contra Atlético-MG, Bahia, Cruzeiro, São Paulo, Figueirense e Palmeiras.
Ao todo, estarão em jogo 27 preciosos pontos para a permanência na
Primeira Divisão.
Se as partidas contra os rivais cariocas forem descontadas, o número
cai para 18. Caso vença todos os jogos contra times de outros estados em
casa, a equipe de Dorival Júnior subirá para 46 pontos. Com esta
pontuação, nenhum time foi rebaixado desde que o Brasileirão passou a
ter o atual formato. Para se ter uma ideia, em 2011 o Cruzeiro ficou na
última posição fora da zona de rebaixamento e escapou com 43 pontos.
Das 24 partidas que o Flamengo fez nesta edição do Brasileiro, dez
foram no Rio e três em Volta Redonda. Sem contar os clássicos (derrota
para o Flu, vitória sobre o vasco e empate com o Bota), o Rubro-Negro
conquistou 16 dos 30 pontos contra adversários de outros estados, um
aproveitamento de 53,3%. Foram quatro vitórias, quatro empates e duas
derrotas como mandante.
Um exemplo: se repetir o rendimento e conquistar metade dos pontos nos
jogos em casa que não sejam clássicos, o time vai somar apenas nove.
Hoje, pularia de 28 para 37 pontos, número insuficiente para permancer
na Primeira Divisão. Ou seja, o desempenho terá de melhorar para que as
partidas contra os rivais do Rio e os confrontos como visitante não
ganhem ainda mais peso.
O Flamengo conta com o empurrão da torcida na fuga da zona de
rebaixamento. Tanto que a diretoria decidiu não só manter, mas ampliar a
promoção de ingressos realizada na partida contra o Grêmio para o
confronto com o Atlético-MG, que marca o reencontro dos rubro-negros com
Ronaldinho Gaúcho, dia 26 de setembro, no Engenhão. A partida é válida
pela 14ª rodada. No clube, os jogos em casa são tratados como
fundamentais para que a equipe consiga deixar a parte de baixo da
tabela. Nas entrevistas, os jogadores convocam e tentam mobilizar os
torcedores.
- Temos que voltar a vencer e para isso pedimos o apoio do torcedor. Se
ele abandondar o clube, fica complicado – diz o goleiro Felipe a cada
coletiva.
O Flamengo não vence há sete rodadas, sendo quatro derrotas e três
empates. Hoje, é o 16º colocado, com 28 pontos, uma posição à frente da
zona de rebaixamento. No domingo, o time enfrenta o Atlético-GO, no
Serra Dourada, às 16h (de Brasília).
- Temos de começar a vencer para pontuar, tentar fazer o maior número de pontos nos jogos que faltam. Tudo pode acontecer. A história do campeonato mostra que times dados como campeões não foram, enquanto outros que chegaram a ser considerados rebaixados também não caíram. Nossa briga é para recuperar o time, sair dessa situação, que não é confortável, sair do grupo lá de baixo e, se der tempo, tentar brigar por algo lá em cima – disse o lateral-esquerdo Ramon.
- Temos de começar a vencer para pontuar, tentar fazer o maior número de pontos nos jogos que faltam. Tudo pode acontecer. A história do campeonato mostra que times dados como campeões não foram, enquanto outros que chegaram a ser considerados rebaixados também não caíram. Nossa briga é para recuperar o time, sair dessa situação, que não é confortável, sair do grupo lá de baixo e, se der tempo, tentar brigar por algo lá em cima – disse o lateral-esquerdo Ramon.
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