Os questionamentos continuam, assim como a pressão. Exposto às críticas
e na "frigideira" do clube, Joel Santana tem como escudo o diretor de
futebol. Depois de uma semana sem conceder entrevista, Zinho conversou
com a imprensa nesta sexta-feira. E reiterou que, caso tenha que demitir
o treinador, a decisão será anunciada por ele, pediu para que as
fofoquinhas sejam deixadas de lado, disse que não fez contato com Dunga e
afirmou que Jorge Sampaoli, nome defendido por alguns dirigentes, não
está na sua pauta.
- Nunca liguei para o Dunga, há muito tempo não falo com ele. Não tive
nenhum diálogo com ele, nem com assessor. Na realidade, nosso técnico
continua sendo o Joel. O dia que o Joel não for o treinador, eu vou
comunicar. Passei isso para ele. Nunca vi o trabalho desse rapaz
(Sampaoli), só vi a campanha do Universidad na Sul-Americana e agora na
Libertadores. Não conheço o trabalho de dia a dia, e quem decide se Joel
fica ou não, sou eu. Tenho autonomia da presidente do clube. Eu e
Coutinho (vice de futebol) decidimos. Qualquer fofoquinha, que existe
muito no Flamengo, não é verdade se não escutarem da minha boca. Não
tenho nem o telefone do Sampaoli. Fiquei sabendo que o empresário dele é
o Gelson Baresi, que jogou aqui. Ele me ligou para falar de jogador e
nunca me ofereceu o treinador – afirmou Zinho.
O diretor admitiu que o time ainda não rendeu o esperado. Mas pediu trégua nas críticas a Joel:
- Existe uma pressão em cima do Joel? Sim. Normal, pois o time não está
jogando bem. Vamos deixar o Joel trabalhar em paz. Deve ser duro. Todo
dia o cara acorda e lê: o Joel vai cair, o Joel vai cair. O cara é ser
humano e explode. Se o resultado não acontecer e eu achar que não é
viável a permanência, eu vou falar com ele. Se não render, vou
comunicar. Estou pedindo por favor: vamos falar do jogo.
Zinho comenta episódio de treino fechado
O diretor de futebol também explicou a confusão que aconteceu no treino
de quinta-feira, quando um segurança liberou a entrada da imprensa sem
autorização do departamento de futebol. Ao contrário de Joel, que acusou
a imprensa de ter invadido o CT, Zinho apontou a falha de um
funcionário do clube.
- A comissão técnica me solicitou um treinamento mais reservado. No
Flamengo tudo vaza, sei lá quem está aqui dentro, o cara pode chegar ali
fora e dizer que o time treinou no 4-4-2. Pedi aos atletas que os
convidados entrassem junto com a imprensa. Estava tudo correndo bem,
quando, de repente, entra todo mundo. Foi liberado, infelizmente, por um
segurança, que vai levar uma punição. Foi uma falha, mas ele admitiu o
erro. Vocês (jornalistas) não invadiram, conversei isso com Joel – disse
o dirigente.
No domingo, o Flamengo enfrentará o Fluminense, às 16h, no Engenhão.
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