quinta-feira, 26 de julho de 2012

Zico reclama de salários atrasados e ameaça deixar seleção do Iraque


Zico na partida do Iraque (Foto: AFP)
Quase um ano após assumir a seleção iraquiana, a paciência de Zico parece ter acabado com a falta de estrutura para comandar a equipe. Em um desabafo em seu site oficial, o Galinho afirmou que está há cinco meses sem receber salário e ameaçou deixar o Iraque.

Com Zico, a seleção iraquiana está no segundo lugar do Grupo A da quarta fase das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2014. Os dois líderes e os dois vices das chaves ganham vaga no Mundial do Brasil. Os dois terceiros farão um mata-mata para decidir quem fará a repescagem contra um representante da América do Sul. No total, desde que assumiu no ano passado até o momento, o Galinho comandou o Iraque em 19 partidas, venceu dez, empatou seis e perdeu três.

Na sua coluna no "Zico na rede", o técnico revelou os problemas que tem tido com a federação iraquiana. Segundo o Galinho, seu irmão Edu e o preparador físico Moraci Sant'anna, que fazem parte da comissão técnica, não recebem salários há dez meses.

- Eu mesmo não recebo há cinco meses, mas segui trabalhando da mesma forma até o final da Copa Árabe. Lá em Jedah, durante a disputa da competição, chamei um representante da federação e falei sobre o que estava acontecendo. Deixei bem claro que a minha ideia era não voltar mais, a não ser que houvesse uma reviravolta. O trabalho em si, com todos os problemas, me deixa satisfeito e acho que podemos conseguir a vaga para 2014. A questão é essa falta de respeito por profissionais como nós, principalmente o Edu, que tem um histórico de serviços prestados ao futebol iraquiano - disse Zico, lembrando que o irmão também já treinou a seleção do país.

O ídolo do Flamengo contou ainda que foi chamado pelos iraquianos para negociar, mas que dificilmente aceitará a oferta para continuar no Iraque:

- Agora, eles me chamam para conversar sobre o contrato e tentar chegar a um acordo para que eu permaneça. Como disse, parece um acerto difícil porque preciso de garantias de que teremos tranquilidade para trabalhar. Pelo menos nessa parte de estrutura, já que sei que o Iraque sofre com uma série de outros problemas. Por tudo isso, a tendência é que agora eu fique de vez no Brasil até que surja nova proposta. Vamos ver o que vai acontecer.





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