A vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-GO dá sobrevida a Joel Santana.
Fortemente ameaçado no cargo, o técnico do Flamengo enfrentou uma semana
difícil. Há algum tempo ele não é uma unanimidade da cúpula do futebol,
mas como o clube ainda não conseguiu contratar um substituto ele está
mantido. Até quando? Não se sabe. Segundo o treinador, o resultado
positivo contra os goianos é um alívio e não uma resposta aos críticos.
- Resposta não. A missão era vencer. O jogo começou difícil, muito
nervoso, tenso. O adversário com marcação em cima, aproveitando o nosso
nervosismo, a instabilidade e colocaram vantagem. Nós conseguimos
equilibrar após um bom chute de média e longa distância. No intervalo,
colocamos mais um jogador de ataque, pois achávamos que poderíamos ter
um boom rendimento daquele lado para buscar contra-ataque. Conseguimos
colocar uma vantagem, mas esse negócio de três gols dá uma agonia
danada. Quando achei que a equipe ia deslanchar, a equipe começou a
errar muito passe, colocaram dois jogadores para agredir. As mexidas que
fizemos não deram certo, fica naquele pendência de resultado, toma um
gol bobo, aí começa a ficar dramático. Não é para dar resposta para
ninguém, conseguimos somar ponntos, estamos perto dos líderes. Estamos
naquele bolo, domingo tem o clássico, vamos ver.
Joel Santana ganhou uma sobrevida com vitória do Flamengo (Foto: Alexandre Loureiro / Vipcomm)
Após a partida, o vice de futebol Paulo César Coutinho foi breve ao
comentar a situação do treinador. Questionado se estava satisfeito com o
trabalho, resumiu:
- Ganhou, né?!
Sobre a ameaça de demissão, Coutinho reforçou que Joel continua no cargo.
- Você não viu o jogo? O Joel é o treinador do Flamengo. Essa é a
posição da diretoria – disse, antes de rumar para o vestiário.
O Flamengo já fez contato com Jorge Sampaoli, técnico do Universidad de
Chile, que gostou do interesse rubro-negro. Apesar da movimentação do
clube, Joel Santana diz que confia na palavra do diretor de futebol
Zinho, da presidente Patricia Amorim e de Coutinho.
- É um direito do clube, se achar que tem um técnico melhor na praça,
buscar. É fato. O clube vai chegar e me comunicar. Já fui contratado e
demitido várias vezes. Aprendi a acreditar no caráter das pessoas. Tenho
convivido com o Zinho todo dia, hoje eu e a presidente almoçamos
juntos. Li que alguns jogadores não estavam satisfeitos porque eu estava
colocando dois dias de concentração. Estou fazendo o que há de melhor.
Nós conversamos isso, isso se resolve. Estive com o Zinho essa semana,
ele falou comigo numa boa, estou fazendo o meu trabalho. É a quinta vez
no Flamengo. Uma ou duas vezes fui demitido e outras vezes saí por
questões que tive situações diferentes. Mas eu gosto de olhar as pessoas
de frente. Eu tenho mais convivência com o Zinho, a presidente e o
Coutinho, que foi uma ou duas vezes lá (no CT) essa semana. Eu não posso
ficar preocupado. Eu não vou infartar. Tenho que fazer o trabalho,
procurar o melhor. Futebol é um conjunto de coisas. Nas outras quatro
vezes fui contratado para tirar o Flamengo de situações muito piores que
essa.
O Flamengo volta a jogar no próximo domingo, contra o Fluminense, no Engenhão. O Rubro-Negro tem 12 pontos, em oitavo na tabela. O grupo está de folga nesta segunda-feira e volta a trabalhar na terça.
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