Os avdogados de Ronaldinho Gaúcho
se reunirão na manhã desta quarta-feira com a cúpula da Traffic a
respeito da ação que resultou na rescisão uniletaral do contrato do
atleta com o Flamengo. A empresa, parceira do clube na contratação e
responsável por 75% dos salários (o que equivale a R$ 750 mil mensais),
interrompeu os pagamentos em setembro de 2011, após o Flamengo acertar
com a Procter&Gamble através da 9ine, de Ronaldo, o que foi
considerado pela Traffic como quebra do acordo de exclusividade para
negociação de patrocínios.
Gislaine Nunes e Aldo Giovani Kurle devem conversar com José Hawilla e
Fernando Gonçalves, diretor executivo da Traffic. O irmão e empresário
de Ronaldinho, Assis, também deve participar da reunião. A intenção dos
advogados do atleta, a princípio, é tomar conhecimento dos fatos e
planejar os passos a serem seguidos no caso de a Traffic ser envolvida
no processo. A empresa, por exemplo, pode ser intimada para relatar o
motivo da interrupção de pagamentos e, caso essa razão não seja
considerada satisfatória pela Justiça, ser responsabilizada ao lado do
clube na ação da rescisão dos contratos de trabalho e de imagem, na qual
o atual jogador do Atlético-MG cobra R$ 40 milhões.
Os pagamentos efetuados pela Traffic eram relativos apenas à imagem de
Ronaldinho. Porém, foi justamente o atraso na quitação deste contrato - a
maior parte dos vencimentos do atleta - que ensejou a rescisão também
do acordo trabalhista, que se estendia até o fim de 2014. Na ocasião da
contratação, clube e empresa assinaram um memorando e acordaram metas de
patrocínio, que seriam negociados exclusivamente pela empresa. A
Traffic e o jogador receberiam porcentagens sobre os valores que
ultrapassassem os patamares estabelecidos. A empresa, porém, não
conseguiu fechar acordo com nenhuma marca no primeiro semestre de 2011,
com ofertas abaixo das metas estabelecidas.
Depois da ação de Ronaldinho para rescisão unilateral do contrato, o
Flamengo também entrou com processo pedindo os mesmos R$ 40 milhões de
multa, considerando que o jogador não teve conduta profissional. A
réplica não demorou. O atleta passou a cobrar mais R$ 15 milhões do
clube por danos morais, em função de episódios como o suposto exame de
sangue que apontaria álcool no organismo do jogador e cuja existência
foi posteriormente negada pelo departamento médico rubro-negro.
A primeira audiência do processo trabalhista (as ações de Ronaldinho e
Flamengo devem ser julgadas juntas) está marcada para novembro deste
ano. Servirá como tentativa de conciliação ou início da instrução de
provas para o julgamento da causa.
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