quarta-feira, 4 de julho de 2012

Traffic recebe advogados e pode ser envolvida em briga entre R10 e Fla


Os avdogados de Ronaldinho Gaúcho se reunirão na manhã desta quarta-feira com a cúpula da Traffic a respeito da ação que resultou na rescisão uniletaral do contrato do atleta com o Flamengo. A empresa, parceira do clube na contratação e responsável por 75% dos salários (o que equivale a R$ 750 mil mensais), interrompeu os pagamentos em setembro de 2011, após o Flamengo acertar com a Procter&Gamble através da 9ine, de Ronaldo, o que foi considerado pela Traffic como quebra do acordo de exclusividade para negociação de patrocínios.

Gislaine Nunes e Aldo Giovani Kurle devem conversar com José Hawilla e Fernando Gonçalves, diretor executivo da Traffic. O irmão e empresário de Ronaldinho, Assis, também deve participar da reunião. A intenção dos advogados do atleta, a princípio, é tomar conhecimento dos fatos e planejar os passos a serem seguidos no caso de a Traffic ser envolvida no processo. A empresa, por exemplo, pode ser intimada para relatar o motivo da interrupção de pagamentos e, caso essa razão não seja considerada satisfatória pela Justiça, ser responsabilizada ao lado do clube na ação da rescisão dos contratos de trabalho e de imagem, na qual o atual jogador do Atlético-MG cobra R$ 40 milhões.

Os pagamentos efetuados pela Traffic eram relativos apenas à imagem de Ronaldinho. Porém, foi justamente o atraso na quitação deste contrato - a maior parte dos vencimentos do atleta - que ensejou a rescisão também do acordo trabalhista, que se estendia até o fim de 2014. Na ocasião da contratação, clube e empresa assinaram um memorando e acordaram metas de patrocínio, que seriam negociados exclusivamente pela empresa. A Traffic e o jogador receberiam porcentagens sobre os valores que ultrapassassem os patamares estabelecidos. A empresa, porém, não conseguiu fechar acordo com nenhuma marca no primeiro semestre de 2011, com ofertas abaixo das metas estabelecidas.

Depois da ação de Ronaldinho para rescisão unilateral do contrato, o Flamengo também entrou com processo pedindo os mesmos R$ 40 milhões de multa, considerando que o jogador não teve conduta profissional. A réplica não demorou. O atleta passou a cobrar mais R$ 15 milhões do clube por danos morais, em função de episódios como o suposto exame de sangue que apontaria álcool no organismo do jogador e cuja existência foi posteriormente negada pelo departamento médico rubro-negro.

A primeira audiência do processo trabalhista (as ações de Ronaldinho e Flamengo devem ser julgadas juntas) está marcada para novembro deste ano. Servirá como tentativa de conciliação ou início da instrução de provas para o julgamento da causa.


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