No segundo piso da Gávea, Ronaldinho Gaúcho ainda se faz presente. Num
quadro, vestido com o uniforme do Flamengo, o ex-camisa 10 corre numa
comemoração ilustrada com a frase dita por ele na chegada ao clube, há
um ano e cinco meses: “Flamengo é Flamengo... é de arrepiar”. No
terceiro andar, na sala Antônio Moreira Leite, a presidente Patricia
Amorim se pronunciou por exatos 4m16s na tarde desta sexta-feira sobre a
saída do atacante, sacramentada na véspera por uma decisão da Justiça
favorável ao jogador.
Zinho, Patricia Amorim e Rafael de Piro no Fla (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)
Mais magra e visivelmente abatida, Patricia Amorim citou uma única vez o
nome do jogador e nenhuma o de Assis, chamado-o apenas de irmão e
empresário. Vestida de vermelho e sobretudo preto, teve a companhia de
Zinho, que também fez apenas um pronunciamento, e Rafael de Piro,
advogado responsável pelo caso Ronaldinho, único a responder perguntas.
As palavras de Zinho, que está há pouco mais de duas semanas no clube,
indicaram o nível de descontentamento com o comportamento de Ronaldinho.
- Tive autonomia para fazer um trabalho profissional. Fui chamado para organizar o futebol, para que realmente a conduta do atleta, de funcionários, mudasse. Do jeito que estava, não condiz com o que é o futebol. Avisei que não ia permitir deslizes. Acabou a bagunça, acabou a festa. Fui bem claro. Quem quer fica. Quem não quer pede para sair. Ouvi de todos os atletas que iam fazer o trabalho corretamente. Ronaldo cometeu duas indisciplinas, a última foi não comparecer a uma viagem. Já tínhamos o nosso planejamento (afastamento), tinha que comunicar para a presidente o que faríamos. Para surpresa, houve a antecipação do Ronaldo e das pessoas que respondem por ele de pedir esse desligamento - disse o diretor de futebol.
O dirigente confirmou que fez cobranças a Ronaldinho, mas não obteve a resposta esperada.
- A corda apertou mesmo, não tinha mais conversa fiada, regalia para ninguém. Acredito que esse foi um dos motivos que fizeram ele tomar a atitude de sair. Infelizmente, pela porta dos fundos. Não era o objetivo do Flamengo. Em todos os momentos chamei para conversar, tentar motivá-lo, trazer de volta para que continuasse com uma atitude profissional. Seria bom para ele e para o clube. Acreditamos que poderia ser útil. Infelizmente não aconteceu. Por parte do departamento de futebol, todos os esforços foram feitos. Ele não quis. Quem errou com o departamento de futebol foi o Ronaldo. Vamos ser sinceros. Não teve uma conduta profissional, de atleta profissional. Isso é inadmissível. Estou triste também. Não era o desfecho que a gente queria. O torcedor rubro-negro tem que saber que as pessoas aqui estão tomando atitudes em prol do Flamegno. O Flamengo está acima de Ronaldo, do Zinho, de todos. Nenhum atleta é mais importante que o nome Flamengo. É fato. A conduta é essa - afirmou Zinho.
- Tive autonomia para fazer um trabalho profissional. Fui chamado para organizar o futebol, para que realmente a conduta do atleta, de funcionários, mudasse. Do jeito que estava, não condiz com o que é o futebol. Avisei que não ia permitir deslizes. Acabou a bagunça, acabou a festa. Fui bem claro. Quem quer fica. Quem não quer pede para sair. Ouvi de todos os atletas que iam fazer o trabalho corretamente. Ronaldo cometeu duas indisciplinas, a última foi não comparecer a uma viagem. Já tínhamos o nosso planejamento (afastamento), tinha que comunicar para a presidente o que faríamos. Para surpresa, houve a antecipação do Ronaldo e das pessoas que respondem por ele de pedir esse desligamento - disse o diretor de futebol.
O dirigente confirmou que fez cobranças a Ronaldinho, mas não obteve a resposta esperada.
- A corda apertou mesmo, não tinha mais conversa fiada, regalia para ninguém. Acredito que esse foi um dos motivos que fizeram ele tomar a atitude de sair. Infelizmente, pela porta dos fundos. Não era o objetivo do Flamengo. Em todos os momentos chamei para conversar, tentar motivá-lo, trazer de volta para que continuasse com uma atitude profissional. Seria bom para ele e para o clube. Acreditamos que poderia ser útil. Infelizmente não aconteceu. Por parte do departamento de futebol, todos os esforços foram feitos. Ele não quis. Quem errou com o departamento de futebol foi o Ronaldo. Vamos ser sinceros. Não teve uma conduta profissional, de atleta profissional. Isso é inadmissível. Estou triste também. Não era o desfecho que a gente queria. O torcedor rubro-negro tem que saber que as pessoas aqui estão tomando atitudes em prol do Flamegno. O Flamengo está acima de Ronaldo, do Zinho, de todos. Nenhum atleta é mais importante que o nome Flamengo. É fato. A conduta é essa - afirmou Zinho.
Coutinho segue no cargo, e Patricia garante: 'A luta será implacável'
Antes de falar com o batalhão de jornalistas, Patricia se reuniu com De
Piro, Zinho, o vice de futebol Paulo César Coutinho e com o vice de
finanças Michel Levy. Na conversa, ficou decidido que Coutinho será
mantido no cargo, apesar do episódio em que anunciou o afastamento de
Ronaldinho Gaúcho em conversa com torcedores do Piauí, na última
quinta-feira. As declarações foram registradas em vídeo. A permanência
dele foi um pedido de Zinho.
Antes do pronunciamento do diretor de futebol, Patricia se emocionou e
desabafou. Ela lembrou o alto investimento que o clube fez no atleta.
- Queria dizer para toda a nação rubro-negra que o sentimento que tenho
deve ser o mesmo de todo torcedor. Decepção, tristeza, é até bastante
difícil falar. Estou muito, muito emocionada. O Flamengo fez um
investimento no ano passado no jogador Ronaldinho Gaúcho, uma negociação
boa para o clube. Quando a patrocinadora (Traffic) se afastou, o
Flamengo, de uma forma correta, assumiu a dívida de R$ 3,75 milhões que
não era nossa, apostando no comprometimento, na identidade que nós
imaginávamos que ele poderia ter. A dívida não era nossa e assumimos
apostando na temporada de 2012 - disse Patricia.
A dirigente disse que recebeu uma pancada com a notícia de que o atleta
entrou na Justiça e pleiteia pouco mais de R$ 40 milhões pela rescisão
do contrato que terminava em dezembro de 2014.
- Fizemos um novo contrato com o jogador, e exatamente os cinco meses que ele pleiteia de atraso foram os que pagamos de uma conta que não era nossa. Vínhamos conversando com o empresário dele (Roberto Assis), imaginávamos chegar a um entendimento. Fomos conciliatórios, corretos, francos, e recebemos uma pancada, uma resposta que não é de quem disse que ia sair pela porta da frente. Infelizmente, com muita dor, apostamos no envolvimento do jogador e ao longo do tempo percebemos que isso não aconteceu. Sem entrar no mérito do que ele representa, a decepção é enorme, profunda, dói, tem cicatrizes.
Por fim, ela prometeu uma batalha firme pelos direitos do clube:
- O Flamengo será implacável na busca pelos seus direitos. Eu repito: implacável. Devemos isso ao Flamengo. Me desculpem, torcedores, se em algum momento o Flamengo falhou. Não há jogador, dirigente, que possa achar que tem o tamanho da envergadura do Flamengo. A luta começa agora.
- Fizemos um novo contrato com o jogador, e exatamente os cinco meses que ele pleiteia de atraso foram os que pagamos de uma conta que não era nossa. Vínhamos conversando com o empresário dele (Roberto Assis), imaginávamos chegar a um entendimento. Fomos conciliatórios, corretos, francos, e recebemos uma pancada, uma resposta que não é de quem disse que ia sair pela porta da frente. Infelizmente, com muita dor, apostamos no envolvimento do jogador e ao longo do tempo percebemos que isso não aconteceu. Sem entrar no mérito do que ele representa, a decepção é enorme, profunda, dói, tem cicatrizes.
Por fim, ela prometeu uma batalha firme pelos direitos do clube:
- O Flamengo será implacável na busca pelos seus direitos. Eu repito: implacável. Devemos isso ao Flamengo. Me desculpem, torcedores, se em algum momento o Flamengo falhou. Não há jogador, dirigente, que possa achar que tem o tamanho da envergadura do Flamengo. A luta começa agora.
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