terça-feira, 26 de junho de 2012

Reforço escondido, Jorge Luiz ainda aguarda a primeira chance


Jorge Luiz e Amaral (Foto: Alexandre Vidal - Fla Imagem)
Jorge Luiz foi apresentado pelo Flamengo em 16 de maio. Chegou ao clube por empréstimo até o fim da temporada, depois de ter disputado o Campeonato Carioca pelo Friburguense. No fim do vínculo, o Rubro-Negro terá a opção de compra de 50% dos direitos econômicos do jogador, que tem 24 anos. O departamento de futebol avaliou o desempenho do meia durante o estadual e decidiu apostar num atleta para uma das posições mais carentes do grupo.

Foto: Jorge Luiz (à esq.) na apresentação no Flamengo

Jorge só treinou até agora. Passou mais tempo com a camisa rubro-negra na apresentação do que em campo. Dos reforços para o segundo semestre, não foi relacionado uma vez sequer. Além dele, chegaram Thiago Medeiros, Amaral, Wellington Silva, Ibson e Hernane. Todos já tiveram chances. Único meia contratado, Jorge Luiz está atrás de Darío Bottinelli, Mattheus, Adryan e Thomás. A maior oportunidade que teve até agora foi no amistoso contra a seleção do Piauí, durante a preparação para a estreia no Brasileiro, mas apenas alguns minutos.

- Isso é assim mesmo. Fui contratado e tenho que trabalhar, esperar uma chance para tentar agradar. Só esperando mesmo. Não cheguei a conversar sobre isso com o Joel. Estou esperando, com paciência. Time grande é assim mesmo. Os que estão lá tem muita qualidade. Tem Bottinelli, Adryan, Thomás. O Ibson está sendo improvisado na posição e está bem. Vou ter que esperar mesmo.

Na semana passada, Jorge Luiz foi escalado no time reserva durante o coletivo, mas não no meio. Joel improvisou o meia na lateral esquerda, já que Rodrigo Alvim raramente tem chances.

- Todo mundo quer ajudar, mas isso vai da cabeça do treinador. Tenho que mostrar de qualquer maneira que posso ser útil. Mesmo que seja na lateral. Não vou reclamar.

A derrota por 2 a 0 para o Grêmio neste domingo, em Porto Alegre, deixou ainda mais evidente a falta do seu principal pilar, um jogador de criação que faça a função do camisa 10. Ao mesmo tempo em que não polemiza, Joel Santana reconhece a dificuldade de encontrar o elo capaz de fazer a ligação entre meio e ataque. O técnico sonha com um casal 20 que nem mesmo ele sabe quem é.

- Temos a mesma dificuldade que outras equipes têm. É um setor muito difícil (camisa 10), que é o engenheiro. A obra tem um monte de operários, mas só um ou dois engenheiros. O futebol brasileiro está com carência nesse setor. É difícil encontrar - admitiu Joel, depois da derrota para o Grêmio.

Jorge Luiz passou pela base do Flamengo, mas deixou o clube aos 16 anos. Foi considerado muito baixo na época.

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