Uma reunião realizada na última
segunda-feira na residência do ex-presidente do Flamengo Márcio Braga
deu início, digamos, a sério e extra-oficialmente, ao processo
eleitoral do clube, que culminará com a eleição para presidente no fim
de 2012.
Para que o leitor tenha uma ideia, há hoje
quatro candidaturas com possibilidades de vitória: Patrícia Amorim,
Affonso Romero, Sérgio Veiga Brito e Ronaldo Gomlevsky. Em minha visão
de jornalista e pela pulsação dos corredores da Gávea, Ronaldo tem menos
chances, embora ainda falte um tempo relevante para o pleito e a
campanha ainda não esteja na rua. Patrícia tem a máquina na mão, mas tem
também contra si um início de ano polêmico e confuso, além de um
Campeonato Brasileiro inteiro pela frente – para o bem ou para o mal,
mas com o que o time vem jogando… Sérgio Veiga Brito possui a
tradição familiar no clube. E Affonso é o candidato mais distante das
forças políticas estabelecidas, no mau sentido, do Flamengo. É quem
acena com propostas mais arejadas e profissionais.
A candidatura do publicitário Affonso me
remete a 1977, quando a Frente Ampla pelo Flamengo (FAF), liderava pelo
jovem Márcio Braga, limpou as teias de aranha da política do clube,
atropelou a vetustice de Hélio Maurício e fez, para a época, uma
revolução. Que culminou com a chegada do Flamengo ao topo do futebol
mundial, em 1981, já com Dunshee de Abranches no comando.
Na reunião de segunda, Márcio criou um
grupo de estudos para propor mudanças na gestão do Flamengo. Nele, há
integrantes dos grupos de Sérgio Veiga Brito e Affonso Romero. Fontes
com grande acesso ao ex-presidente me garantem que ele está animado com a
possibilidade de apoiar a candidatura de alguém “de fora da política
tradicional rubro-negra”. Desenha-se, pois, um apoio a Affonso – cuja
“chapa” se chama… Revolução.
E apoio de Márcio, no Flamengo, somado a
um candidato competente e um projeto consistente, costuma ser
decisivo. Semana que vem tem mais reunião no QG de Márcio Braga.
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