Driblador e goleador nos tempos de atacante, Romário
é um marcador implacável quando o assunto é o dinheiro que o Flamengo
lhe deve, quantia que gira entre R$ 9 e 10 milhões. Depois de seguidas
tentativas frustradas de renegociar o valor, o clube não obteve sucesso
em uma recente rodada de negociações. Caso as partes não cheguem a um
acordo, a questão financeira deve ser resolvida na Justiça, uma vez que o
ex-jogador não consegue receber e já rejeitou seguidas propostas do
Rubro-Negro. As parcelas no valor de R$ 108 mil por mês deixaram de ser
pagas em maio de 2011, quando o Fla rompeu com o Clube dos 13.
Na última tentativa, o corpo jurídico do Flamengo conversou com
advogados de Romário para tentar costurar um acordo que envolvesse a
ação que o clube move contra a Batavo, patrocinadora master do futebol
em 2010. O Rubro-Negro cobra na Justiça cerca de R$ 7 milhões de
parcelas que não teriam sido pagas pela empresa.
- Estamos tentando chegar a um acordo. Conversei com os advogados do
Romário, estamos em negociação por conta de um processo que movemos
contra a Batavo, daria para compor o pagamento. A dívida com o Romário é
antiga. Mas, com o rompimento com o Clube dos 13, a dívida voltou para a
gente – afirmou Rafael de Piro, advogado do Flamengo.
A ideia do clube é tentar reduzir a dívida pelo fato de pagar tudo numa
tacada só, num valor calculado pelo clube em R$ 5 milhões. Segundo o
GLOBOESPORTE.COM apurou, a proposta não foi aceita, mesmo depois de uma
ligação da Patricia Amorim para o ex-atacante.
- Está difícil – admitiu Patricia Amorim durante esta semana.
Em setembro do ano passado, Romário foi à Gávea tentar resolver
pessoalmente com a presidente. À época, Patricia disse desconhecer a
dívida:
- Eu não sabia sobre essa dívida porque o dinheiro saía direto do Clube
dos 13, nem passava pelo caixa do Flamengo. Agora vamos negociar com
ele novamente.
Em meio às negociações, Romário chegou a bater boca com o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy.
A milionária dívida com o ex-jogador foi contraída na época em que o
clube era presidido por Edmundo Santos Silva, que dispensou Romário em
1999 depois do episódio da Festa da Uva. Na ocasião, o hoje deputado
federal deixou o hotel onde o clube estava para curtir a noite de Caxias
do Sul, logo após o time perder para o Juventude no Brasileirão.
Segundo Romário, o empresário Jorge Rodrigues, chefe da delegação na viagem, teria autorizado sua saída.
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