Primeiro, a notificação; depois, o acordo verbal para evitar desgaste. Agora, a espera pelo dinheiro ainda sem data certa para cair na conta. Na tarde desta sexta-feira, o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy, conversou com Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho. Na pauta, a dívida do clube com o jogador, cerca de R$ 2,25 milhões – isso sem contar o mês de março, que venceu na quarta-feira e tem previsão de ser quitado nos próximos dias. O dirigente rubro-negro garantiu a Assis que a quantia será depositada quando o clube conseguir um patrocinador, seja master ou para o ombro. Mas, caso isso demore a acontecer, uma nova solução terá que ser pensada.
- Tive uma conversa com o Assis. Está tudo sob controle. Existe a
dívida? Existe. Assim que fecharmos um patrocínio será pago. Chegamos a
um acordo, equacionamos verbalmente. Existe a conversa de que temos
dificuldade. Lógico que se não acontecer (patrocinador), não é “ad
eternum” (para todo o sempre), mas, por enquanto, essa é a condição –
afirmou Michel Levy.
Assis chegou a notificar o clube com um documento sem remeter às
questões judiciais. Ainda assim, existe uma divergência. No salário de
Ronaldinho, R$ 750 mil são pagos como direitos de imagem.
Além de parte dos salários, um dos pontos cobrados por Assis foi
justamente o 13º salário sobre os direitos de imagem. Mas, de acordo com
artigo da Lei Pelé, direito de imagem é de natureza civil, e não
trabalhista. Sendo assim, o Rubro-Negro não se vê obrigado a pagar o 13º
de R$ 750 mil, mas não polemiza.
- Não entro em questão judicial. Não existe quebra de contrato, tudo
foi conversado. Os R$ 2,25 milhões incluem esses R$ 750 mil – completou
Levy.
Meses sem patrocinador master
Um dos grandes complicadores para as finanças do clube é justamente a
ausência do patrocinador master. O Flamengo, que esperava fechar acordo
entre R$ 20 e R$ 25 milhões por ano, está entrando no quinto mês sem uma
empresa disposta a pagar para estampar sua marca na camisa rubro-negra.
O espaço do ombro também está à disposição.
O clube tinha praticamente tudo acertado com a Hyundai, que chegaria ao
clube por intermédio da 9ine, empresa de Ronaldo Fenômeno. Mas, com o
valor que a 9ine embolsaria com a negociação e outros honorários,
sobrariam R$ 15 milhões para o clube, valor considerado insatisfatório.
Apesar das demoradas negociações, nos bastidores da Gávea a expectativa é de acerto com uma nova empresa em breve.
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