Mesmo para quem tem 378 jogos e 11 títulos com a camisa do Flamengo,
ficar fora de uma partida que seja incomoda. Ainda mais por lesão. Léo Moura
conta as horas para voltar ao time. E o retorno está perto. Nesta
quinta-feira, ele estará em campo para enfrentar o Emelec, do Equador,
pela Libertadores, às 19h30m (de Brasília). O camisa 2 machucou o joelho
direito na semifinal da Taça Guanabara, dia 22 de fevereiro. Sentia
dores na parte externa e teve de ficar em tratamento durante os jogos
contra Boavista e Duque de Caxias, pela Taça Rio.
Léo Moura está recuperado de lesão e reforça o Fla nesta quinta-feira (Foto: Ivo Gonzalez /Globo)
Nesta terça, Léo participou normalmente de um coletivo de 34 minutos.
Em alguns momentos, evitou divididas, mas sempre que possível foi para o
ataque, sua principal característica. Até se machucar no clássico, fez
dois gols e foi quem mais se destacou na equipe neste início de temporada.
Léo Moura tem contrato com o Flamengo até o fim de 2012. O bom
desempenho pode prolongar a permanência dele no Rubro-Negro.
Recentemente, o vice de futebol Paulo César Coutinho manifestou
interesse em ter o jogador, de 33 anos, até o fim da carreira no clube.
- Só vai acontecer se eu continuar jogando bem, mantendo essa fase. No
começo da temporada, só falei em tom de despedida porque tenho que falar
pelo ano de contrato. Tenho que saber o que o futebol vai colocar pela
frente. Todo mundo sabe que sou feliz aqui, quero encerrar a carreira no
Flamengo. Isso não quer dizer que vou parar de jogar no ano que vem,
quero jogar mais três, quatro anos. Fico feliz com a postura da
diretoria, quero dar continuidade nisso.
Confira a conversa com Léo Moura:
Um dia desses você falou que era um casamento com o Flamengo. É mesmo como um casamento, esquenta, esfria, tem fase boa, ruim?
Casamento passa por esses momentos. Aqui no Flamengo, no ano passado
não tive uma sequência, aconteceram problemas. Quero dar continuidade a
esse início de temporada, porque tenho recebido muito apoio. Quero
retomar a boa fase. O Flamengo esse ano precisa ganhar um título de
expressão, e a Libertadores é que está mais próxima.
Tem apoio da diretoria, carinho dos companheiros, é quase uma unanimidade...
Sempre sou a mesma pessoa: amiga, procuro ajudar a quem precisa dentro
do grupo. Tive vários treinadores importantes que sempre me deram moral,
mas porque eu dava o retorno dentro de campo. Quero dar continuidade
nisso, nesse momento que estou vivendo, por isso criei esse carinho,
essa identificação com a torcida. Não me vejo vestindo a camisa de outro
clube brasileiro.
Angelim disse que se pudesse ele morreria aqui. É um exemplo, o que acha dessa declaração dele?
Declaração de coração, como eu também. Se pudesse, ficava aqui até os
últimos dias da minha vida. No primeiro jogo que a gente concentrou sem o
Angelim, eu até comentei com o pessoal que ele sempre sentava na minha
frente, foi uma cadeira que ficou vazia, foi estranho. Depois de seis
temporadas juntos. Ele fez sua história aqui, foi embora, eu continuo e
quero fazer a minha história para ficar marcado como ele.
Mas a cadeira do Léo Moura ainda vai ficar ocupada por um tempo?
A minha todo mundo sabe qual é. Chego e ela fica ali esperando. Mantendo o bom futebol, tenho certeza que vou continuar.
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