Essa é a primeira parte de um trabalho
de muito fôlego da Pluri Consultoria. Para saciar a curiosidade de
todos, sempre gigantesca quando se fala em tamanhos de torcidas, vou
postar as principais tabelas e conclusões dessa pesquisa. Em seguida, em
outro post, comentarei sobre os objetivos desse estudo sobre potencial
de consumo.
A Pesquisa
Os trabalhos de campo, ou seja, as entrevistas, foram realizados durante o mês de janeiro último. Partindo da base de dados do IBGE, foram selecionados 144 municípios brasileiros, em todas as regiões, que dão uma excelente visão do país em termos de composição da população.
O número de entrevistados e base dessa pesquisa foi de 10.545 pessoas, maiores de 14 anos
(uma faixa interessante; as pesquisas Lance/IBOPE cobrem a partir de 10
anos e as pesquisas Datafolha a partir de 16 anos), com 53% de
entrevistados do sexo feminino e 47% masculino, com margem de erro de
2,4%. Cada entrevistado só pôde dizer o nome de um clube de preferência.
O foco da pesquisa esteve voltado para a
qualificação do torcedor em termos geográficos e sócio-econômicos,
permitindo estimar renda total e potencial de consumo.
Vamos, então às principais tabelas que resultaram da pesquisa e algumas considerações iniciais sobre as torcidas.
Comentário do OCE: é
importante notar que essa é mais uma pesquisa, realizada por empresa
diferente, que aponta as mesmas posições, basicamente, para as
principais torcidas. Da mesma forma, embora alguns percentuais sejam
diferentes, pode-se dizer que todos eles são bastante próximos, o que
vem a conferir maior consistência e credibilidade às informações
levantadas pelos institutos de pesquisa nos últimos 20 anos.
Sem surpresas: primeiro, como sempre Flamengo, segundo Corinthians e terceiro
São Paulo possuem as maiores torcidas. O bloco das 12 maiores, diga-se, é
extremamente consistente com outras pesquisas, ressalvando-se algumas
mudanças a partir da oitava posição. Quase metade da população
brasileira – 47% – torce para um dos cinco clubes de maior torcida.
Para a Pluri, considerando-se a margem
de erro do trabalho, mantém-se a tendência de relativo equilíbrio entre
as torcidas do Flamengo e do Corinthians, fato que vem sendo observado
nas diversas pesquisas dos últimos anos.
Os pesquisadores impressionaram-se com o
percentual de 21% dos brasileiros que declaram não ter preferência por
nenhum clube ou pelo futebol. Esse número, todavia, é bastante
consistente com o que foi obtido em outros trabalhos no decorrer dos
últimos vinte anos.
A Pluri fez uma inovação em sua
análise, agrupando e dividindo as torcidas em seis grandes grupos, o que
demonstra razoável concentração de torcedores. As 10 maiores torcidas
congregam 62% da população brasileira:
Em outros números, 120 milhões torcem
para os 10 times de maior torcida, 22 milhões torcem para os 20 clubes
seguintes, sobrando 9 milhões de pessoas torcendo para os demais 29.178
(dado da FIFA) clubes que existem no país.
No próximo post, veremos a distribuição dessas torcidas pelos estados.
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