Os jogadores do Flamengo saíram em defesa de Ronaldinho Gaúcho, alvo
das vaias da torcida na vitória por 1 a 0 sobre o Emelec, quinta-feira,
no Engenhão, pela Taça Libertadores. Capitão do time e líder do grupo, o
jogador deu passe para o gol de Vagner Love e até conseguiu arrancar
aplausos, criando uma divisão na arquibancada.
Fora do time por causa de uma pancada na cabeça, o goleiro Felipe disse
que não se pode esperar que R10 repita as exibições de sua fase áurea
do Barcelona. O goleiro também fez uma comparação com a passagem de
Ronaldo pelo Corinthians. Na época, o camisa 1 atuava pelo clube
paulista e o Fenômeno voltava mais uma vez a jogar futebol depois de uma
de suas muitas lesões na carreira.
- Quando o Ronaldo chegou ao Corinthians queriam que ele fosse o mesmo
do Barcelona, do Internazionale. Não tinha condições. Agora, é parecido.
Se o Ronaldinho Gaúcho estivesse no auge, estaria no Barcelona -
afirmou Felipe. - Ele ajuda como pode. O último passe é sempre dele.
Acho que a torcida está sendo severa demais. Ele não vai ganhar nem
perder sozinho. Os aplausos são para todos e as vaias não podem ser
apenas para um jogador.
Felipe afirmou que uma grande atuação de Ronaldinho Gaúcho no clássico
com o Fluminense, domingo, às 18h30m (de Brasília), no Engenhão, pela
Taça Rio, será capaz de mudar todo o ambiente em volta do jogador. O
goleiro demonstrou fé na possibilidade de uma exibição de gala do
craque.
- Se ele marcar três gols contra o Fluminense, vai mudar tudo. Ele pode
fazer isso. Já foi eleito duas vezes o melhor jogador do mundo. Depois
daquele jogo contra o Santos (5 a 4, na Vila Belmiro, no Brasileiro do
ano passado), ficaram uma semana falando dele - comentou Felipe.
A pressão sobre Ronaldinho foi grande e deve continuar da mesma forma. O
Flamengo, hoje, arca com todas as despesas do jogador depois que a
Traffic desistiu de bancar a maior parte dos salários.
- Não foi só o Ronaldinho. Não houve um brilho individual no jogo. Ele
dispensa comentário por sua qualidade, pelo que representa e já mostrou
no futebol. Mas temos nossa parcela de culpa também. O grupo tem
consciência de que não fez um bom jogo - afirmou Junior Cesar.
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