A história da "Taça das Bolinhas" teve um novo capítulo nesta
sexta-feira. Um oficial de justiça foi até o São Paulo com uma intimação
para o clube devolver o objeto em até 24h para a Caixa Econômica
Federal. Mas, de acordo com Kalil Rocha Abdala, diretor jurídico do
Tricolor, como o presidente Juvenal Juvêncio não estava, o documento não
pôde ser entregue.
O Flamengo, o outro interessado no caso, comemorou a vitória nesta
batalha, mas sabe que ainda há muita disputa pela frente. O clube ainda
não havia sido informado que a intimação não pôde ser entregue ao
mandatário são-paulino.
- O processo vem correndo e o São Paulo não tinha obrigatoriedade de
devolver a taça porque ainda não tinha ciência, o que aconteceu nesta
sexta. O clube foi intimado e terá que devolver para a Caixa Econômica
Federal em até 24h. A partir daí a justiça irá decidir qual será o
destino. A CBF já reconheceu o Flamengo como campeão de 87, mas houve o
problema com a justiça do Recife - disse o advogado do Fla no caso,
Rodrigo Fux.
A Taça das Bolinhas foi criada para premiar o campeão brasileiro e,
segundo o regulamento adotado quando de sua implantação, seria de posse
definitiva do primeiro clube que conquistasse o campeonato três vezes
consecutivas ou cinco vezes intercaladas. Considerando-se o Flamengo
campeão em 1987, o clube carioca seria o primeiro "penta" (a quinta
conquista aconteceu em 1992, enquanto o São Paulo só chegou ao quinto
título em 2007).
A CBF, entretanto, considerou até 2011 o Sport como único campeão de
1987 e, por isso, a Taça das Bolinhas foi entregue ao São Paulo. Quando
no ano passado a CBF resolveu reconhecer o Flamengo como campeão de
1987, junto com o Sport, o clube carioca procurou a Justiça para tomar
posse da Taça das Bolinhas. Daí a decisão de que o troféu seja entregue à
Caixa Econômica Federal. Ainda em 2011, a CBF, por conta de uma nova
decisão judicial, foi obrigada a voltar atrás e reconhecer novamente só o
Sport como campeão único.
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