O clima entre alguns jogadores do Flamengo e o departamento financeiro
não é de extrema leveza. Atletas do grupo estão com direitos de imagem e
luvas em atraso e, apesar de evitarem uma cobrança pública, não fazem
questão de negar quando são questionados sobre o tema. O vice de
finanças rubro-negro, Michel Levy, desdenha do problema e nega que o
clube viva uma crise no setor.
- Está na pauta a quitação dos jogadores. Não posso dar o dia certo,
mas queremos resolver ainda em janeiro. São poucos jogadores, uma meia
dúzia. Tem um ou dois (atletas) marqueteiros fazendo barulho. Eles não
sabem do nosso empenho para quitar. Só tem um com direitos atrasados,
que é o Deivid. Os outros, que são poucos, estão com luvas atrasadas.
Não existe essa história de crise financeira no Flamengo. Crise de quê,
meu Deus? - disse, por telefone.
Num período em que o clube busca fôlego para finalizar o processo de
permanência do meia Thiago Neves e contratar o atacante Vagner Love, o
dirigente coloca os números na mesa para se defender e negar a asfixia
financeira.
- A aquisição de reforços está em pauta, mas a prioridade é a quitação
dos jogadores. Os salários não atrasam há dois anos. Pegamos o Flamengo
com salários atrasados e até agora temos cumprido com quase 100% dos
compromissos. Só no ano passado pagamos R$ 15 milhões ao Clube dos 13,
foram R$ 13 milhões para a BWA (empresa responsável pela emissão e venda
de ingressos) e mais de R$ 20 milhões em CLT (pagamento de
funcionários, ex-funcionários e processos trabalhistas). Estamos fazendo
uma reforma gigantesca na sede da Gávea, ainda pagamos R$ 3 milhões de
dívida ativa por conta do Morro da Viúva. Estamos nos desdobrando com as
obras no CT.
Jogadores se posicionam
Nos últimos dias, pelo menos quatro atletas falaram publicamente sobre os atrasos nos pagamentos.
Jogadores se posicionam
Nos últimos dias, pelo menos quatro atletas falaram publicamente sobre os atrasos nos pagamentos.
- Tenho uma parcela de luvas para receber, mas isso a gente resolve
fora do campo - disse o zagueiro Welinton, nesta segunda-feira.
Citado por Levy, o atacante Deivid afirma que não vê a cor do dinheiro
de seus direitos de imagem há 18 meses. Quando busca informações sobre a
dívida, geralmente escuta que falta verba para a quitação. Segundo o
GLOBOESPORTE.COM apurou, cada parcela seria num valor de R$ 340 mil -
totalizando um débito de R$ 6,1 milhões.
Acostumado aos problemas do clube, Léo Moura espera que a diretoria resolva o atraso de luvas e direitos de imagem em breve.
- Todo mundo que tem um atrasado quer receber. Cabe ao clube resolver,
temos trabalhado forte, e essas coisas fora de campo cada um vai
resolver Esperamos que quem tenha problema resolva - disse o
lateral-direito.
O zagueiro Alex Silva é mais um jogador que recebeu a promessa da
diretoria de que teria as dívidas relativas a luvas, premiações e
direitos de imagem quitadas e não viu isso acontecer durante as férias.
Segundo ele, o assunto está sendo tratado por seu advogado.
Fato é que a falta de dinheiro virou assunto frequente entre os jogadores nestes primeiros dias de pré-temporada e causa desconforto. Apesar das dívidas, a diretoria se mostra incomodada com as cobranças. E ferve o caldeirão rubro-negro.
Fato é que a falta de dinheiro virou assunto frequente entre os jogadores nestes primeiros dias de pré-temporada e causa desconforto. Apesar das dívidas, a diretoria se mostra incomodada com as cobranças. E ferve o caldeirão rubro-negro.
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