sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Demitido em 2010, Marcos Braz volta à cena na negociação de Love

Na primeira passagem de Vagner Love pelo Flamengo, em 2010, um personagem foi fundamental para a sua contratação. Na época, o então vice-presidente de futebol Marcos Braz conseguiu o empréstimo de graça do jogador de janeiro a julho. A manobra valeu o início de uma relação que culminou com a compra definitiva do atacante neste ano, depois de uma longa negociação com o CSKA Moscou e seus representantes.

Demitido em 2010 por discordar do tratamento dado a Petkovic pela presidente Patricia Amorim e mesmo sem um cargo na diretoria, Marcos Braz voltou a participar da negociação por Love. Antes da viagem da comitiva para Moscou, ele se reuniu com o jogador e seus empresários na busca por um acordo que o fizesse voltar ao Flamengo, desta vez com um contrato longo, até o fim de 2014.

- Essa história começa em 2010, quando o Marcos Braz teve a genialidade de trazer o Love, um jogador que tinha identidade com o Flamengo. O que não sabíamos é que seria tão forte, presente, constante e dedicada. Dele com a torcida e da torcida com ele. Essa é uma homenagem que não é de hoje, e ele (Braz) ajudou agora também, pois teve essa ideia lá atrás, que nos inspirou agora - disse Patricia, em seu discurso inicial, apontando para Marcos Braz, que estava na plateia e também foi mencionado pelo próprio jogador.

Na corrida por votos neste ano, quando haverá eleição no Flamengo em dezembro, Patricia tenta fazer de Marcos Braz um aliado, com conversas constantes no clube e fora dele. No momento, a sua intenção é concorrer com a atual presidente pelo cargo, mas a política na Gávea dá voltas como o futebol.

Vagner Love e Patrícia Amorim durante apresentação no Flamengo (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM) 
Patrícia Amorim ao lado de Vagner Love durante a apresentação (Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
 
Além de Marcos Braz, Patricia fez outros agradecimentos. A presidente confirmou a tentativa de transformar Bernardo Amaral em vice-presidente de futebol, mas por ser presidente da Assembleia Geral não poderia ocupar o cargo. Mesmo assim, segundo a presidente, ele virou um colaborador do departamento.

Patricia também fez questão de exaltar a participação do vice de finanças Michel Levy na negociação. O dirigente foi a Moscou com o jogador e seus representantes para acertar a sua saída do CSKA. No desembarque no Rio, carregou Love pelo braço, quase como um troféu.

- O Michel Levy viajou com a missão de trazer o Love debaixo do braço e conseguiu. Às vezes, ele é incompreendido, mas a lealdade e força que temos são a resposta para todas as críticas. São palavras que dedico a todos da diretoria. Erramos muito, mas o fazemos tentando acertar. Se nosso índice de acerto é maior, está bom. O que importa é o interesse do Flamengo - disse Patricia, que no fim ainda encontrou espaço para lembrar seu histórico à frente do clube. - Eu me sinto feliz por ter sido a presidente que trouxe Ronaldinho e Love.


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