O vice de finanças do Flamengo, Michel Levy, e o dono da Traffic, J.
Hawilla, têm um encontro marcado nesta quinta-feira, em São Paulo. Na
reunião, eles vão tentar, enfim, chegar a um acordo que garanta o
pagamento dos salários atrasados de Ronaldinho Gaúcho. O atacante
rubro-negro não recebe a maior parte dos rendimentos há quatro meses,
num total de R$ 3 milhões. A empresa de marketing esportivo, parceira na
contratação do jogador, parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de
sua responsabilidade por estar insatisfeita com a postura do clube.
Levy vai embarcar confiante na solução do problema, que deixou dúvidas
sobre a permanência de R10 no clube para a próxima temporada.
- Vou para a reunião otimista em fazer os ajustes que faltam, acertar
os atrasados do jogador, fortalecer a parceria e encaminhar novos
negócios. Essa é a ideia.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando que sustenta
o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis
renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de
produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir
daí, não houve mais acordo.
De Porto Alegre, Roberto Assis, irmão e empresário do jogador, aguarda
um desfecho positivo. Na semana passada, ele disse que tem a garantia da
presidente Patricia Amorim de que a questão será resolvida mesmo se a
Traffic se afastar. O clube garante que pode conseguir um novo parceiro
em caso de litígio.
Caso o acerto não ocorra, a 9ine, empresa de marketing esportivo de
propriedade de Ronaldo Fenômeno, aparece como uma das possíveis soluções
para a permanência do Gaúcho. Foi por meio da agência que o clube
conseguiu fechar o patrocinício principal da camisa com a Procter &
Gamble, de R$ 6,6 milhões por quatro meses, em agosto. O negócio ocorreu
sem participação da Traffic. A 9ine faturou 15% do valor. Daí o abalo
na relação da parceria.
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