Uma nova semana começa, e o Flamengo precisa se dividir entre
pendências sobre renovações e tentativas de reforçar o time para 2012.
Uma das prioridades do clube é assegurar a permanência de Thiago Neves.
No último sábado, o jogador assinou um pré-contrato com o Rubro-Negro. O
documento estabelece um vínculo de quatro temporadas e reajuste
salarial. A informação foi revelada pelo empresário do meia, Léo
Rabello. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso confirma a assinatura.
- O Flamengo cumpriu o que lhe cabia nesse processo de negociação.
Assinamos um compromisso com o Thiago, e a proposta está lá com os
árabes. A negociação está em curso, e estamos aguardando o desfecho com
eles. O Thiago quer ficar no Brasil, no Flamengo, e já acertou um
compromisso com a gente. Estamos tranquilos e acreditamos que o desfecho
será favorável. Sempre soubemos que não seria fácil, é uma negociação
de altos valores - disse Veloso.
Agora, o clube tenta concluir a compra dos 90% dos direitos econômicos
que pertencem ao Al Hilal, dos Emirados Árabes. O preço está
estabelecido há um ano: R$ 18 milhões. O que emperra o desfecho do
negócio é a forma de pagamento. O Fla propõe quitar a quantia num prazo
de dois anos e meio, mas os árabes querem receber mais rapidamente. Os
rubro-negros não estão inclinados a mudar a proposta de parcelamento.
A demora faz aumentar os rumores sobre a saída do jogador. Thiago tem
dito sistematicamente que não quer sair do Brasil e planeja ficar na
Gávea. Mas ele também interessa ao Fluminense. De acordo com Léo
Rabello, um acordo está próximo. O empresário espera uma resposta
positiva dos árabes na quarta-feira. Caso contrário, diz que tem uma
solução, mas não dá detalhes.
- Temos uma carta na manga e prazo hábil para resolver isso. Ele não
vai voltar para o Al Hilal e, no Brasil, só joga no Flamengo. O problema
é que um agente boliviano chamado Daniel González está tumultuando. Não
sei qual é a ligação dele com o os árabes, mas ele tem dito que pode
conseguir mais dinheiro. É um superpilantra.
O empresário se mostrou irritado com os dirigentes do clube árabe.
- O que prevalece é a vontade do jogador. Thiago não é uma mulher de
burca, que os árabes fazem o que querem. Eles são donos dos direitos
econômicos, mas não é como eles querem. Só se a gente aceitar. Eles
estão acostumados a se acharem os reis do pedaço, mas aqui não vai ser
assim, não. Ele vai continuar no Brasil - afirmou, em entrevista à Rádio
Brasil.
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