O anúncio da contratação do lateral-esquerdo Magal, há 12 dias, foi o
único feito pelo Flamengo desde o fim do Campeonato Brasileiro. Os
negócios para a próxima temporada ocorrem em ritmo lento, e a diretoria
pede calma aos torcedores. O diretor de futebol Luiz Augusto Veloso diz
que o mercado está concorrido.
Ele lembra que no fim de 2010 o clube só
contratatou dois reforços para a atual temporada. O meia Vander e o
goleiro Felipe foram anunciados no antepenúltimo dia do ano.
- O mercado é complicado. Às vezes, os negócios ocorrem num timing que é
diferente do nosso. Estamos trabalhando e por isso optamos por não
falar em nomes. Pelo menos eu trabalho assim. Não podemos ficar
valorizando jogadores se ainda não fechamos. No ano passado, havia a
mesma pressão e terminamos 2010 só com duas contratações: Vander e
Felipe. Muita gente criticou, mas depois trouxemos Ronaldinho, Thiago
Neves e montamos uma equipe qualificada.
Entre os nomes que estão na lista de reforços que interessam estão o
atacante Vagner Love, do CSKA, os zagueiros Bolívar, do Inter, e Rafa
Márquez, do New York Red Bulls, e o meia Montillo, do Cruzeiro. Com
exceção do jogador colorado, as demais tratativas são consideradas
complexas. Para Veloso, não há motivo para alarde.
- Estamos com 70, 80% do grupo fechado. Temos uma equipe com muitos jovens da base à disposição, uma equipe forte.
Veloso não demonstra preocupação com falta de reforços no Fla (Foto: Richard Souza/Globoesporte.com)
Sobre permanências, duas renovações estão pendentes. O clube tenta
manter Felipe e Thiago Neves. Os dois casos estão em debate. Para ficar
com o goleiro em definitivo, será preciso pagar R$ 3 milhões. O jogador
pertence a um grupo de empresários e 25% são do Bragantino. Além disso,
falta um acordo sobre bases salariais e o tempo de contrato -
provavelmente de três anos. O vínculo atual termina no próximo dia 31.
Até lá, segundo o empresário do jogador, Bruno Paiva, a preferência é do
Flamengo.
Entre Thiago e o clube, tudo certo. No último sábado, as partes
firmaram um pré-contrato de quatro anos. Mas o Al Hilal ainda está no
caminho. Dono de 90% dos direitos econômicos do camisa 7, o clube da
Arábia Saudita quer receber R$ 18 milhões pelo jogador. O problema não é
o valor, mas a forma de pagamento. O Rubro-Negro quer pagar em dois
anos e meio, mas os árabes querem receber o mais rápido possível. Nesta
segunda, o empresário do jogador, Léo Rabello, disse que a negociação é
difícil, mas que há um “carta na manga”. Segundo ele, no Brasil, Thiago
só joga no Flamengo.
Caso R10: nova rodada de negociações
O clube ainda busca o entendimento com a Traffic para normalizar o
pagamento de Ronaldinho. O jogador não recebe a maior parte do salário
há quatro meses (R$ 3 milhões). Nesta segunda, o vice de finanças Michel
Levy se reuniu com a presidente Patricia Amorim e o técnico Vanderlei
Luxemburgo. Levy passou para a mandatária os detalhes da conversa que
teve com o dono da empresa, J. Hawilla, na quinta passada. O dirigente
acredita que a crise com a empresa parceira na contratação de R10 será
resolvida. A tendência é de um consenso que elimine de vez a
possibilidade de o atacante deixar o clube antes de dezembro de 2014,
quando termina o contrato.
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