Aos 33 anos, Renato Abreu teve sua primeira e única chance na
Seleção Brasileira, sendo convocado e atuando como titular no 0 a 0 com
a Argentina, em Córdoba, na ida do Superclássico das Américas, em
setembro. A escolha de Mano Menezes foi bastante contestada, mas coroou
um ano inesquecível para o meio-campista do Flamengo.
"Consegui uma convocação inédita, mesmo com muitos
questionamentos. Aos 33 anos, recebi essa oportunidade. Não foi por
acaso, foi por alguma coisa que fiz. Ganhei de presente", apontou o
jogador, em defesa própria.
O veterano ficou em campo naquela partida - para a qual o técnico
pôde chamar somente atletas que atuavam no Brasil - até os 16min do
segundo tempo, quando foi trocado por Oscar, do Inter. Mas nem foi
necessária uma atuação de destaque para ele sentir ter provado aos
críticos que merecia ser lembrado.
Vestir a camisa verde e amarela foi o ápice de um ano que teve o
título carioca invicto e acabou com um gol de Renato Abreu na última
rodada do Campeonato Brasileiro, no empate por 1 a 1 com a coisa maldita(vasco). O
lance que balançou as redes no Engenhão assegurou a vaga na Libertadores
à equipe sem depender de ninguém e ainda tirou qualquer chance de
título do arquirrival.
"Individualmente, estou bem realizado. Consegui um título inédito e
levei o Flamengo, com gol meu, mais uma vez à Libertadores. Estou muito
realizado pelo que fiz", comemorou Renato Abreu, com um discurso que usa
como exemplo aos mais jovens - e um aviso de que as reprovações sempre
virão e é preciso compreendê-las.
"Estamos sujeitos às cobranças, somos pessoas públicas. A chateação
vem só quando atinge o lado pessoal, porque quem analisa não conhece a
índole de cada um, não sabe de que maneira vive. Mas vamos aprendendo.
Eu, com 33 anos, 14 como profissional de futebol, não vi tudo ainda...",
comentou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário