Flamengo e Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
oficializaram, na manhã desta sexta-feira, na sede do clube, na Gávea,
uma parceria sem fins lucrativos. O Rubro-Negro irá estampar em sua
camisa a logomarca da instituição, visando construir um projeto social
de âmbito nacional e internacional de longo prazo.
Ronaldinho era aguardado, mas não compareceu. A única lembrança do
jogador foi a entrada de um boneco do desenho de R10 criado por Mauricio
de Sousa para quadrinhos. O craque será julgado nesta sexta-feira, no
STJD, pela expulsão na partida contra o Ceará e pode ficar fora da reta
final do Campeonato Brasileiro.
Segundo pessoas próximas, Ronaldinho só foi avisado do evento na
véspera, quando o convite oficial da festa já previa sua presença. Não é
a primeira vez que o Flamengo sente a falta de sua principal estrela em
eventos oficiais. Os dois lançamentos de uniforme neste ano aconteceram
sem o camisa 10. Assim como a apresentação da maquete das obras no
Ninho do Urubu.
- Ronaldinho foi chamado, mas não tinha compromisso formal de vir.
Seria bom. Os outros atletas (olímpicos) estão de férias. Ontem ele
disse que ia tentar, mas que tinha um compromisso na escola do filho. A
gente entende. O Cielo veio de São Paulo, está de férias, mas
gostaríamos que o Ronaldinho viesse. Assim como Flamengo é Flamengo,
Ronaldinho é Ronaldinho - lamentou Patrícia Amorim.
Os atletas citados pela presidente, além de César Cielo, foram a
ginasta Jade Barbosa, os irmãos Diego e Daniele Hipólyto, e a remadora
Fabiane Beltrame, entre outros menos famosos. Também estiveram presentes
o técnico Vanderlei Luxemburgo, os escritores Mauricio de Sousa e
Ziraldo, além do diretor-executivo mundial do Unicef, Antony Lake, e da
representante do Unicef do Brasil, Marie Pierre Poirer. Do futebol, além
de Luxemburgo, as jovens promessas Adryan e Thomás também participaram
da festa.
Patricia e Antony Lake trocaram camisas com seus respectivos nomes (Foto: André Portugal / Vipcomm)
- Passaremos a adotar práticas sociais responsáveis que promovam o
direito das crianças e adolescentes. Seremos parceiros em todas as ações
no Brasil, na América Latina e em todas as partes do mundo onde se
fizer necessário. Desejo que outros clubes assumam esse mesmo
compromisso - disse Patricia Amorim, que garantiu a marca na camisa até o
fim de seu mandato, em dezembro de 2012.
Diretor-executivo mundial do Unicef, Antony Lake, celebrou a parceria,
elogiou a presidente Patrícia Amorim pela incitativa e exaltou a
grandeza do Flamengo e a importância da união das duas marcas. Ele
entregou uma camisa 10 do Unicef com o nome da presidente do Flamengo
nas costas e fez um outro agrado: em português, disse que é torcedor
rubro-negro. Em troca, recebeu uma camisa do clube com seu nome.
- Eu sou Flamengo. Quero agradecer a Patrícia Amorim por essa
iniciativa visionária. Estou emocionado por estar na presença de tantos
campeões, que serão novamente campeões nas Olimpíadas de 2016. Estou
muito satisfeito de estar aqui para lançar a parceria entre Flamengo e
Unicef. É uma parceria que envolve o poder, a energia e a alegria de um
dos melhores clubes do mundo em prol das crianças. Juntos, o Flamengo e o
Unicef não apenas promoverão os direitos das crianças e dos
adolescentes no Brasil, mas em todos os lugares do mundo. Este é o
melhor momento de fazermos isso. Os olhos do mundo estão sobre o Brasil,
que se prepara para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Já no domingo, na partida contra o Cruzeiro, às 17h, no Engenhão, o
Flamengo entrará em campo vestindo camisas com frases alusivas ao ECA
(estatuto da criança e do adolescente). Cada jogador terá uma mensagem
especial no uniforme. Os números terão traços infantis, desenhados por
crianças selecionadas pelo Unicef. No momento da entrada em campo, todos
estarão acompanhados de uma criança.
A parceria é baseada na adesão do Flamengo ao compromisso “Meu time é
nota 10”, um conjunto de dez princípios relacionados à proteção e à
promoção de direitos de crianças e adolescentes – atletas e não atletas –
dentro e fora do clube.
A ideia do Flamengo, que não receberá dinheiro para estampar a
logomarca da instituição, é construir um projeto social de âmbito
nacional e internacional de longo prazo. Atualmente, Barcelona e Boca
Júniors também levam a logomarca da instituição em suas camisas.
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