Não é só o técnico Vanderlei Luxemburgo que está descontente
com a possibilidade de o Flamengo mandar o jogo contra o Universidad de
Chile, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, no Pacaembu. Para o
presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj),
Rubens Lopes, a transferência do jogo para São Paulo é uma “violência”
com o futebol carioca e desrespeita o torcedor rubro-negro. O Flamengo
ficou sem local para jogar devido à realização de shows do cantor
canadense Justin Bieber no Engenhão, nos dias 5 e 6 de outubro.
- A Ferj entende que um clube do Rio, quando tem mando de campo,
necessariamente deve jogar no estado do Rio. A Ferj já se posicionou com
a CBF, e nessa semana, reiterou contra a retirada do jogo do Rio. São
Paulo está tentando fazer tudo para impedir a progressão do futebol do
Rio. Não sei porque cargas d'água o Flamengo está caminhando com essa
proposta. Já nos posicionamos contrários. Lamento que isso possa
acontecer por uma violência, por um desrespeito às regras. Se a
Sul-americana cometer essa violência contra a torcida do Flamengo, eu só
tenho a lamentar. Se houve algum acordo financeiro, aí é outra
história. Mas não podemos abandonar os torcedores e o futebol do estado
do Rio. É uma situação inaceitável - disse Rubens Lopes em entrevista à
Rádio Brasil.
O dirigente disse ainda que tanto o Raulino de Oliveira, em Volta
Redonda, quanto o Cláudio Moacyr, em Macaé, têm condições de receber a
partida:
- Isso é uma desconsideração para a torcida, é um desestímulo àqueles
que investem em estádios, como Volta Redonda e Macaé. Tanto Volta
Redonda, quanto Macaé, podem receber essa partida.
Segundo o gerente de futebol rubro-negro, Isaías Tinoco, a sugestão de
mandar o confronto no palco paulista, que estará vago na data, foi dos
chilenos e agrada ao Flamengo. De acordo com o regulamento da Conmebol, o
time visitante precisa concordar com a mudança se o novo local estiver a
mais de 50 quilômetros de distância.
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