sexta-feira, 15 de julho de 2011

Thomás: ‘filho’ de Léo Moura e olhos grudados em R10 e Thiago Neves


David, Thomás e Léo Moura treino Flamengo (Foto: Fla imagem)
O coletivo virou jogo. Passes, arrancadas e chutes executados com cuidado. Tudo para fazer valer a máxima de que a primeira impressão é a que fica. Na tarde desta quinta-feira, Thomás, Rafinha, Digão e João Vitor treinaram entre os profissionais do Flamengo. Novidade só para o primeiro. O meia-atacante, de 18 anos, estreou na equipe de cima. Usou até camisa de treino personalizada com o nome e o número 25. Na vitória dos reservas por 2 a 0, apareceu bem, ousou e fez gol.

- Quando você tem uma chance, o único jeito de agarrar é mostrando empenho nos treinos. Foi assim que consegui chegar no profissional e é lá que quero ficar. Sempre gostei de partir para cima, é o meu futebol. Quando me ligaram para avisar que treinaria com Ronaldo, Thiago e outros jogadores consagrados, foi uma felicidade imensa. Ainda mais no meu time do coração.

Sem Diego Maurício, Negueba e Galhardo, que estão na Seleção Brasileira sub-20, Vanderlei Luxemburgo teve de recorrer aos garotos da base. Thomás, lá no fundo, tinha a esperança de ser chamado.

- Quando os meninos foram convocados, fiquei otimista. Só não achava que seria tão rápido.

Na chegada, foi recebido com afagos por Léo Moura. O lateral “adotou” a revelação e se preocupa em fazer com que tudo corra bem.

- Desde que sou da base quem conversa muito comigo é o Léo Moura. Ele me dá conselhos, me orienta bastante sobre o que tenho de fazer. Quando nos encontramos no time profissional, ele disse que era mais um filho dele que estava chegando, me desejou boa sorte. Tenho ele, Ronaldinho e Thiago Neves como inspiração. Esses dois últimos são da minha posição, procuro observar e aprender com eles. Ronaldo é meu ídolo desde que eu era pequeno. O melhor de todos.

Mineiro de estilo carioca

Antes de chegar ao Flamengo, no fim de 2007, Thomás jogou no Botafogo. Como tantos outros garotos da idade dele, deixou a cidade natal para correr atrás da bola e do sonho. De Juiz de Fora-MG ao Rio foi um pulo, ainda mais na companhia da família inteira.

- Veio todo mundo. Meu pai (Otávio), minha mãe (Denise), meu irmão (Leandro) e minha irmã (Bárbara). Eu sou o caçula. Decidimos nos mudar no fim de 2006. Meu pai me acompanhava nisso e todos me apoiaram. Ajuda bastante estar com eles.

O mineiro se mudou para a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e virou carioca logo, logo. A chance de trabalhar com os profissionais chega depois de algumas experiências importantes na equipe de baixo. O ano começou com o título da Copa São Paulo de Juniores e renovação de contrato até 2016. Depois, dois momentos difíceis: queda na Libertadores sub-20 e derrota para o Botafogo na final do Carioca da categoria.

- Fiz cinco gols na Copinha. Apesar da eliminação na Libertadores, temos bons resultados, é  uma geração que carrega a esperança do Flamengo e dos torcedores. Temos conquistado títulos, estamos chegando na maioria dos campeonatos e esse reconhecimento é muito bom. A cobrança também já é grande, mas tudo isso ajuda no nosso crescimento.


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