sábado, 30 de abril de 2011

Bottinelli sua para superar mágoa

Embora talentoso, Bottinelli distribui carrinhos e, com suor, começa a conquistar a torcida do Flamengo. Na relação quase religiosa entre o time e a Nação, a tríade “raça, amor e paixão” é tratada como santa e traduz o espírito de ‘El Pollo’ em campo. Uma vontade que tem como motivação a mágoa do meia por não ter conseguido espaço na Argentina, seu país natal.

“O poder vem de dentro de mim. Essa raça em campo é para todos que me fizeram sentir mal quando não me deram a oprtunidade na Argentina. Isso é para quem nunca confiou em mim”, disse o jogador ao site ‘El Pollo para los fans’.

O amor e a paixão de Bottinelli o fizeram tatuar na perna o escudo da Universidad Católica, do Chile, clube pelo qual fez mais sucesso. Sem espaço em seu país, o Galinho argentino não mostra devoção à seleção do craque Messi, postura incomum entre os hermanos.

Fora da Argentina e longe da Europa, Bottinelli sabe que fica difícil arrumar uma vaga no time de Sergio Batista. Para ele, jogar no Brasil o deixa ainda mais distante de uma convocação, assim como seus compatriotas Guiñazu, D’Alessandro, Conca e Montillo.

“Eu não penso em seleção. Temos que trabalhar muito e jogar muito bem para chegar lá, pois creio que não somos considerados como os jogadores que atuam na Europa”, afirmou o meia na entrevista.

O desdém pelo futebol argentino faz com que Bottinelli aponte o Flamengo como o maior clube da América do Sul. Com isso, El Pollo deixa de lado os argentinos Independiente e Boca Juniors, maiores campeões da história da Libertadores, com sete e seis conquistas, respectivamente.

Seus ídolos de infância, porém, são os argentinos Aimar e Saviola, ambos do Benfica, de Portugal. Na hora de eleger o maior camisa 10 da atualidade, ele escolhe Messi, do Barcelona, outro que não teve chance de atuar em seu país e só agora começa a ter na seleção o prestígio que possui na Europa. 





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