No final da tarde desta quarta-feira, na sala de conferências do Estádio Olímpico, o presidente Paulo Odone esclareceu à imprensa o acerto do clube com a Rede Globo. Horas antes o Grêmio havia anunciado, em seu site oficial, a assinatura do contrato pelos direitos de transmissão de TV aberta, fechada, do pay-per-view, de internet e de publicidade estática dos jogos do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014.
Participaram desta reunião o presidente Paulo Odone; o diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto; e os integrantes do conselho de administração do clube Eduardo Antonini, Tadeu Vianna e Francisco Santos.
Segundo Odone, a coletiva foi convocada para dar transparência às negociações. Ele explicou que o diferencial foi a estrutura oferecida pela Rede Globo, e não apenas os valores apresentados.
- A comissão de valores do Clube dos 13 insistia em falar apenas sobre preço, mas a Rede Globo queria falar de preço e de técnica, com toda essa estrutura logística da transmissão. Isso tudo valoriza o clube, mas esses argumentos não sensibilizaram o Clube dos 13.
O Grêmio oficializou a cessão dos direitos fora do âmbito do Clube dos 13. Na semana passada, a entidade anunciou a licitação dos direitos do Brasileiro para o período entre 2012 e 2014.
Mas as principais interessadas nos direitos, as TVs Globo e Record, não participaram da licitação - que contou apenas com a Rede TV, vencedora com oferta de R$ 516 milhões por ano pelos direitos.
Odone disse ainda que os valores são duas vezes maiores ao que o clube recebia no contrato anterior.
- A proposta da Globo mais do que dobra o que o Grêmio vinha recebendo e apresenta todas as outras condições relacionadas à TV fechada, ao pay-per-view, à internet e à publicidade estática. É uma cobertura completa sobre os direitos do uso da imagem do Grêmio. A proposta foi discutida pela nossa diretoria executiva, por três vezes nos reunimos, e a conclusão foi unânime pelo óbvio: a proposta que melhor atendia os interesses econômicos do Grêmio era a oferecida pela Rede Globo. E hoje (quarta-feira), após duas horas de reunião, batemos o martelo.
Jogos de times com contratos diferentes:
- No Brasil os direitos não estão alienados aos mandantes, mas aos dois clubes e à entidade promotora. Então as emissoras só poderão transmitir jogos entre clubes clientes. Quando se enfrentarem clubes de um lado e de outro, não haverá transmissão -
Dívidas anteriores:
- As dívidas não são com o Clube dos 13, são com os bancos. Neste contrato que nós assinamos, se tivermos sabedoria em administrar os negócios nos próximos quatro anos, é possível que se acabe com as famosas antecipações. Daqui em diante essas coisas serão direto com a Globo.
Racha no Clube dos 13:
- Será difícil juntar os cacos, o racha foi muito grande. Mas os clubes não podem ficar dispersos. Eu fui fundador do Clube dos 13 quando achamos que os clubes deveriam negociar seus direitos de imagem. Esperamos que, qualquer que seja o fim do Clube dos 13, se possa resolver isso civilizadamente. Minha ideia quando participei da fundação foi a criação de uma liga, o que nunca conseguimos. Se hoje alguém me pedir para ser parceiro, será para a criação de uma grande liga nacional, discutindo o tipo de campeonato, como jogar, em que épocas. Espero que evolua para isso.
- O presidente Fábio Koff perdeu uma oportunidade grande na eleição passada de sair com o reconhecimento de todos os clubes, sem passar pelo que está passando agora. Não há nada de pessoal nisso. Uma coisa é o Clube dos 13, a outra é o nosso Grêmio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário