O fato de o Flamengo não ter concordado com os números apresentados pelo borderô do jogo contra o Fortaleza em relação a público e renda deixou a diretoria do clube cearense bastante irritada. Como o caso foi divulgado pela imprensa e se tornou público, a diretoria tricolor concedeu coletiva nesta quinta-feira para se defender.
O clube rubro-negro, através do chefe de segurança, José Pinheiro, se recusou a assinar o borderô e afirmou que "tomará as providências cabíveis e vai deixar (o caso) nas mãos da CBF". Na Copa do Brasil, competição pela qual o jogo foi realizado, o Fla tinha direito a 60% da renda por ter garantido a classificação de forma antecipada, sem a necessidade do jogo de volta.
A renda anunciada no Castelão foi de R$ 639.017, menor do que o obtido em Murici 0 x 3 Flamengo, pela primeira fase, que foi de R$ 662.500. A diretoria do Fortaleza também se mostrou surpresa com os números e desafiou quem desconfia do clube cearense.
- Todos esperavam um maior público na partida de ontem, inclusive nós. O Fortaleza acabou tendo um prejuízo grande com relação à renda do jogo, até porque era para termos arrecadado um valor que nos seria útil até o fim do ano. Se acham que alguém aqui tomou parte desse dinheiro para si, terão que provar através de dispositivos legais - disse o presidente Paulo Arthur, de acordo com o site oficial do clube.
O vice-presidente Osmar Baquit foi ainda mais duro e afirmou que nenhum dos dirigentes tricolores depende do clube para se sustentar.
- Se quiserem nos chamar de imaturos, eu não me importo. Se falarem que queremos promover um espetáculo em excesso, também não me incomoda. Mas desonestos não. Trabalhamos duro, todos os dias, para tornar o Fortaleza mais forte e graças a Deus, nenhum de nós aqui presente depende do Fortaleza para conseguir seu sustento. A nossa única motivação é fazer o melhor por esse clube - declarou.
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