– Não será apenas um jogo. Será uma pontinha de alegria no meio de tanta desgraça, moço.
Hélio, de 24 anos, flamenguista roxo, é um dos moradores da cidade de Murici – no interior de Alagoas – alojados em um acampamento semelhante aos do Haiti. Cerca de dez mil pessoas do município de 27 mil habitantes vivem ali ou em casebres de barro após a enxurrada que arrasou quase tudo em junho de 2010 e esperam a construção de casas populares em barracas de lona, nas quais a temperatura chega a 50 graus.
A água vem de caminhão-pipa, comida nem sempre tem e emprego é uma dádiva para poucos felizardos. Por isso, o jogo será um alento em meio a uma dura rotina de reconstrução.
– Aqui, a maioria é flamenguista. Se for preciso, vendo botijão de gás, geladeira... Faço qualquer coisa para ver o Flamengo – diz o pedreiro Lúcio Santana, de 39 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário