Sob o título "Fora de campo, uma mulher doma torcedores de futebol do Brasil", o jornal americano destaca que em meio à multidão de torcedores que tomaram a Gávea no dia da apresentação de Ronaldinho Gaúcho, um grupo de marmanjos gritavam cantando ou cantavam gritando: "Patrícia! Patrícia! Nós amamos você!".
O "New York Times" ressalta que a ex-nadadora deu sua volta por cima após ter passado por um péssimo ano, em 2010, quando o goleiro Bruno foi preso, acusado de ter matado sua ex-amante Elisa Samudio, com quem teve um filho, e o atacante Adriano "lutou contra o alcoolismo e foi questionado sobre possíveis vínculos com traficantes de drogas".
Afirma o jornal, que ainda cita os péssimos resultados que o time rubro-negro obteve em campo, principalmente no Campeonato Brasileiro, no qual esteve ameaçado de ser rebaixado, mas ignora a passagem relâmpago de Zico, o maior ídolo da história do clube, pela diretoria de futebol, que foi pintado um retrato com preconceitos sexistas de que uma mulher não poderia administrar um clube de futebol, ainda mais sendo o de maior torcida do mundo, segunda a Fifa.
- Ela teve todo o azar que podia imaginar - disse o escritor Ruy Castro, um torcedor apaixonado do Flamengo.
No entanto, de acordo com o site do jornal, a Sra. Amorim, de 42 anos, encarou os piores momentos com a altivez de grande competidora que foi.
- Às vezes pensamos que algo é tão horrível que não há luz no fim do túnel. Mas você pode ter a sorte de passar por tudo isso, porque pode virar o jogo ainda mais rápido - disse a presidente rubro-negra ao "The New York Times".
O texto traça uma rápida história do clube e da trajetória de Patrícia Amorim como atleta olímpica, política e mulher até conquistar a presidência do clube lutando contra adversários masculinos. Deborah Frochtengarten, amiga de Patrícia e ex-nadadora como ela, resumiu a força que move a presidente do Flamengo a superar seus obstáculos:
- Ela não era tão alta e não era tão forte, mas ela era a primeira a chegar à piscina e uma das últimas a sair.
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