A cinco anos dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco decidiram se unir também em prol das modalidades olímpicas e divisões de base do futebol. Segundos os presidentes dos clubes, o bloco formado pelos quatro grandes do Rio de Janeiro – anunciado nesta quinta-feira após divergências com o Clube dos 13 sobre as negociações de transmissão do Campeonato Brasileiro – terá reuniões periódicas para tratar de assuntos referentes a estruturas, planejamentos e condições de trabalho dos atletas.
- É indispensável. Os clubes do Rio não têm um centavo de investimento público. A gente está esperando o quê? Se o Rio decidiu fazer uma Olimpíada, é mais do que justo que se invista muito pesado no trabalho, nas condições estruturais, e é isso que queremos fazer. Porque são os clubes que pagam isso sozinhos – afirmou Patrícia Amorim, presidente do Flamengo.
Assim como a dirigente rubro-negra, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen acredita que é necessário mais investimento fora do âmbito do futebol. Ele confirmou que houve uma reunião, com duração de 3h, entre os representantes dos quatro clubes grandes do Rio nesta semana para dar início a conversas sobre o assunto.
- Em poucas horas de reunião, vimos uns cinco, seis temas que eram exatamente idênticos. Rentabilidade das propriedades comerciais, visão de médio e longo prazo, além das divisões de base, para as quais já criamos um bloco específico. Já fizemos uma reunião essa semana, avaliando ética, conduta, planejamento, competições. Não houve nenhuma divergência – garantiu.
No Botafogo, a preocupação também visa o âmbito nacional. Segundo o presidente Maurício Assumpção, os clubes com investimentos governamentais ainda têm vantagens sobre aqueles que tem times de futebol.
- A questão do esporte olímpico é um problema sério. Formamos talentos na natação, no basquete e vôlei. E, na hora que você quer montar uma equipe de ponta, não consegue. Aí vem essas equipes de clubes que vivem de incentivo fiscal, que têm um monte de projeto aprovado e pronto – lembrou Assumpção.
Uma das soluções para o problema de falta de investimento financeiro pode ser parcerias com empresas e até mesmo com governos, segundo o presidente do Vasco, Roberto Dinamite.
- Somos clubes formadores. Tem que se abrir uma discussão. Vamos buscar de forma conjunta com governos e empresas para que a gente possa ter condição de dar a nossa contribuição – disse o dirigente.
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