Aliado do São Paulo, Koff diz que Fla deve receber Taça das Bolinhas

O presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, aliado do São Paulo, defende que a Taça das Bolinhas deve seja recebida pelo Flamengo. O prêmio, criado para homenagear o primeiro tricampeão brasileiro consecutivo ou penta alternado, atualmente está com o Tricolor.

"Se a regra estabelecia que a taça era para o primeiro penta alternado, evidentemente o Flamengo tem o direito de recebê-la", declarou o mandatário da entidade que reúne os 20 principais clubes brasileiros na tarde desta terça-feira, no escritório comercial do Clube dos 13, em São Paulo.

O cerne da polêmica em torno da Taça das Bolinhas é a Copa União de 1987. O Flamengo conquistou o Módulo Verde e o Sport, o Módulo Amarelo. A CBF reconhecia o time pernambucano como único campeão brasileiro da temporada até a segunda-feira passada, quando resolveu incluir o Rubro-Negro.

Com o título de 1987 reconhecido, o Flamengo conquistou o penta brasileiro em 1992, já que também triunfou em 1980, 1982 e 1983. No começo da semana passada, no entanto, a Taça das Bolinhas foi entregue ao São Paulo, campeão em 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008.

No ano de 1997, o Clube dos 13 apontou Sport e Flamengo como campeões brasileiros de 1987 e encaminhou ofício sobre o assunto à CBF, que ignorou o parecer da entidade. Ao falar sobre o tema nesta terça-feira, Fábio Koff lembrou a decisão anterior da organização que preside.

"Parabéns ao Flamengo e parabéns ao Clube dos 13, que reconheceu os dois clubes como campeões há 14 anos", disse o mandatário. Ele ainda lembrou que o Vasco, campeão da Copa João Havelange-2000, organizada pela entidade, também é reconhecido pela CBF.

A entidade presidida por Ricardo Teixeira resolveu reconhecer o título do Flamengo no momento em que o Corinthians ameaça deixar o Clube dos 13. Desta forma, a CBF, que tem o time paulista como aliado, pode angariar o apoio do Rubro-Negro e enfraquecer a entidade que congrega os clubes.

Questionado sobre o assunto, Fábio Koff disse não acreditar que a atitude da CBF seja um instrumento político e evitou criticar a entidade. No entanto, admitiu certa surpresa. "É uma estranha coincidência. Teve 14 anos para reconhecer e podia ter reconhecido com os outros campeões (do Robertão e da Taça Brasil), mas não o fez. Eu só posso estranhar", encerrou.

Nesta terça-feira, o juiz Gustavo Quintanilha de Menezes, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, atendeu ao pedido do Flamengo e determinou que o São Paulo tem 24 horas para devolver o troféu à Caixa Econômica Federal. O Tricolor, por sua vez, já avisou que não pretende obedecer.