Reação repetida. Na última visita ao Rio de Janeiro teve comportamento semelhante. Adriano embarcaria dia 28 de dezembro, mas adiou algumas vezes, se esmerou nas desculpas e conseguiu ficar no Rio de Janeiro até o dia 3 de janeiro. Saiu do aeroporto Tom Jobim avisando que voltaria ao Flamengo em junho. Quando desembarcou no saguão do Fiumicino, em Roma, voltou atrás e disse que a entrevista era inventada. Contudo, nas rodas de amigos ele admite o desejo.
Na festa de aniversário de 29 anos dele, quinta-feira passada, o próprio anfitrião avisou aos convidados que retornaria ao Rubro-Negro e traria na bagagem o zagueiro Juan. Para tal, será necessária uma estratégia de convencimento à diretoria e ao técnico Vanderlei Luxemburgo. A presidente Patrícia Amorim é maleável e, desde que haja compromisso com o profissionalismo pontuado por cláusulas contratuais, aceita conversar.
No entendimento do jogador não há nada que o seduza em Roma. Ele virou motivo de piada nos jornais, para os torcedores é apenas um fantasma no elenco e o novo treinador, Vicenzo Montella, não tem interesse na permanência dele. O contrato vai até 2013, mas há vontade das duas partes em abreviá-lo. Adriano está convencido de que não voltará a ser feliz na Europa. Nem o suporte familiar tem mais. A tentativa de reaproximação com Danielle, mãe de seus dois filhos (Adrianinho e Sophia) não deu certo e ele vive sozinho na capital italiana (amigos o fazem companhia em momentos alguns períodos).
Mas, aos 29 anos, o jogador precisa voltar a campo. Ele não faz um gol em partida oficial desde a partida contra o Universidad de Chile, dia 20 de maio de 2010. Sorte que a torcida do Flamengo não o esquece e canta “Thiago Neves tá aí, Adriano vai voltar...”. Mas no Rio a imagem dele também está desgastada. Até quem convive com o Imperador dá sinais de cansaço. A falta de compromisso e a vida desregrada afastaram muitas pessoas que o ajudaram na passagem pelo Flamengo.
As histórias inusitadas, curiosas, bizarras ficaram no folclore do Ninho do Urubu. Como, por exemplo, o dia em que Adriano levou uma dezena de jogadores rubro-negros para conhecer a Igreja da Penha pelo alto da Vila Cruzeiro. A estrada de acesso é a da Pedreira, a mesma que ficou famosa no mundo inteiro como rota de fuga de centenas de traficantes armados após a invasão das forças policiais.
Se os jogadores o adoram, as namoradas e esposas o consideram-no uma companhia nociva. Também pudera. As festas dele com mulheres-frutas e amigas até o sol raiar são conhecidas. Uma destas confraternizações aconteceu na favela da Chatuba e teve como protagonista a então noiva do astro.
Joanna Machado apareceu no local, danificou carros de outros jogadores, discutiu com Bruno e foi expulsa da comunidade por Adriano. Mas a ex-noiva ainda o incomoda. Os amigos contam que o Imperador ficou perturbado com a notícia de que ela posou nua. Interligam até o atraso dele na volta ao Roma à vontade de conferir o ensaio nas bancas.
Chopinho, Lei Seca e novo amigo.
Teoricamente, os 16 dias de recesso na Cidade Maravilhosa serviram para tratamento no ombro direito, mas todas as informações sobre o Imperador penderam para outro lado. Aquele da vida desregrada, recheada de noitadas e histórias confusas. A primeira aparição foi com uma caneca de chope na mão. Alegou que estava em momento de folga relaxando com amigos e parentes. Tudo bem.
Dias depois, contudo, o chopinho relaxante o fez perder a carteira em uma blitz Lei Seca. O atacante preferiu não assoprar o bafômetro e teve o documento apreendido e recuperado semana passada graças a seu advogado, Diogo Souza.
Soube-se também que Falcão, vocalista do Rappa, estreitou laços com o Imperador. Curiosamente, a notícia precedeu um comunicado oficial da modelo Isabeli Fontana avisando que terminara com o cantor.
O último fato público de Adriano foi o atraso dele na volta à Itália. A passagem estava marcada para o dia 20, mas foi remarcada três vezes. Na terça-feira, ele chegou a ir ao aeroporto, fez check-in, mas disse que a conexão em Lisboa era muito demorada e voltou para casa. Embarcou no dia seguinte, mas com a passagem de volta comprada no seu planejamento: junho de 2011. E nem um mês a mais.
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