Agora, apenas o Franca segue sem perder no torneio. Tem três triunfos em três compromissos.
O Pinheiros não deu tempo para o adversário pensar. Quando se deu conta, já estava sete pontos atrás no placar (9 a 2) e precisou de uma chamada do técnico Paulo Chupeta para poder acordar e entrar no jogo. A equipe se arrumou na defesa e conseguiu chegar ao empate (19 a 19). Mas os espaços voltaram a ser dados e quando isso acontece, Shamell e seus companheiros não costumam perdoar. Rapidamente a diferença subiu para 32 a 20. E a sensação era que cabia mais.
Jefferson, Átila e Guto deixaram o banco de reservas para tentar colocar ordem na casa. Só que o que se via era mais do mesmo. As saídas rápidas e as bolas de três do Pinheiros seguiam fazendo estragos. A defesa bem postada também dificultava a vida do Flamengo, que só tinha conseguido marcar seis pontos contra 16 do visitante (48 a 26). Tirando proveito de um bom momento, o Rubro-Negro anotou 12 pontos seguidos e reacendeu sua torcida. Acendeu também a luz de alerta para o técnico João Marcelo Leite, que pediu tempo para frear a reação. Olivinha fez o marcador andar para seu time: 50 a 34.
O treinador do Pinheiros sabia que teria do outro lado um adversário que tentaria uma recuperação logo no início do terceiro quarto. Pediu atenção para seus comandados que se esforçavam para não deixar o ritmo cair - mesmo com o forte calor que fazia no ginásio -, e o Flamengo se aproximar. A frente que caiu para 14 pontos, voltou a subir. Era hora de Chupeta mexer com os brios de seus jogadores.
- Não podemos deixar fugir! - gritava ele no pedido de tempo.
Marcelinho voltou a quadra, anotou cinco pontos seguidos e cortou a vantagem para 15: 66 a 51.
A pressão ainda estava por vir. O Flamengo permitiu que o rival marcasse apenas cinco pontos no período em que conseguiu 13 (71 a 64). O time corria contra o tempo e continuava acreditando na virada. Os erros do outro lado mantinham viva a esperança. Mais ainda quando Jefferson deixou a equipe pertinho do Pinheiros, que sentia a pressão (77 a 75). A 1m13s para o fim, o jogo ainda estava aberto, com o placar marcando 82 a 77 para os paulistas. Mas o Pinheiros conseguia se segurar. Não sem sustos. Marcelinho e Jefferson eram incansáveis e colocavam o Rubro-Negro na cola novamente (90 a 88). A perda de dois lances livres de Olivinha, quando restavam 11s, parecia ser um presente para os anfitriões. Marcelinho pegou o rebote, ligou o contra-ataque, mas Hélio escorregou e não conseguiu completar o ataque que poderia ter levado a partida para o empate ou até mesmo à vitória do Flamengo. O Pinheiros podia respirar aliviado.
- É complicado aguentar uma pressão assim, com essa torcida, mas conseguimos tirar a invencibilidade deles e estamos de parabéns - comemorava Olivinha.
Do outro lado, o pivô Bábby lamentava a postura defensiva da equipe da Gávea no primeiro tempo.
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