Oficialmente, para a confederação presidida pelo vagabundo Ricardo Teixeira, segue o Sport Recife como campeão.
Como Rubro-Negro, um dia eu quis esse reconhecimento. Mas depois de tantos anos vendo a CBF fazer sujeirada em cima de sujeirada – sobretudo quanto a essa novela da Copa União de 1987 -, hoje penso justamente o contrário.
O Flamengo é um clube do povo, surgido do povo, e sua força maior, que construiu sua fama internacional e ajudou a encher nossa sala de troféus, vem justamente das arquibancadas. O Flamengo sempre se criou na improbabilidade, no menosprezo alheio, crescendo quando menos se esperava. E todos nós, torcedores, nos orgulhamos muito disso.
Por isso, por que nós teríamos que lutar pelo reconhecimento da CBF, representante legítima de tudo o que o Flamengo combateu e combate, quando os que testemunharam aquele campeonato – e que de fato importam – sabem devidamente o que aconteceu no campo, na bola?
E o melhor: em um torneio que reuniu não só os melhores times, mas seus respectivos clubes, unidos por estarem de saco cheio da incompetência da Confederação Brasileira de Futebol, organizando um campeonato altamente competitivo, sem gorduras nem engodos?
O Flamengo venceu esse campeonato, mas para a CBF, foi outro torneio.
É isso. Um outro torneio.
Em se tratando de 1987, que o Sport Recife continue como o campeão reconhecido e aclamado pela CBF, e o Flamengo como o vencedor bastardo.
Mais emblemático, impossível; mais importante para a nossa torcida, também não. Que continue assim, pelo bem da história.
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