Capitão Léo e controvérsia são termos próximos. Há duas semanas, o dirigente foi preso no Engenhão acusado de desacatar o policiamento – e dormiu 48 horas na cadeia. Na Gávea, sua lista de confrontos é extensa. Ele foi reeleito presidente do Conselho Fiscal em março – numa disputa contra Sebastião Pedrezzi em que não houve candidato da situação (a presidente Patrícia Amorim declarou que o cargo deveria ficar com a oposição por sua natureza).
No ano passado, Léo foi protagonista de cena bizarra com com o então presidente Márcio Braga - por conta da aprovação das contas no Conselho Fiscal. Uma entrevista coletiva de Braga foi interrompida por Léo que, aos berros, dizia que não concordava com os números apresentados e dizia que o presidente era “mentiroso”.
A história do dirigente no Flamengo é extensa. Durante muito tempo, ele foi líder da Torcida Jovem do Flamengo – e nos anos 90 entrou para a política do clube. Formado em advocacia, fez contatos politicos e se tornou representante do Flamengo na Federação do Rio. Os contatos prosperaram e Léo ganhou um cargo ainda na gestão Eduardo Vianna (o Caixa D’Água). Até 2007 permaneceu em uma das inúmeras vice-presidências da Ferj – a de Controle Interno.
No Flamengo, a força política do dirigente-torcedor também cresceu. Em 1999, ele foi um dos responsáveis pelo afastamento do ex-goleiro Gilmar Rinaldi (hoje agente de Adriano), que havia sido contratado como superintendente de futebol do clube.
- Quando cheguei ao Flamengo tentei desmontar uma máfia montada pelas organizadas. Tinha sorteio de rifa, bingo, tudo feito com permissão da presidência para manter o apoio político. Tinha jogador dando dinheiro para torcedor… eu me recusei e fui perseguido - disse Rinaldi na época.
Atuações controversas no Conselho Fiscal
Ainda em 1999, Léo foi um dos principais responsáveis pela aprovação das contas do então presidente Edmundo Santos Silva no Conselho Fiscal.
- A Jovem Fla garantiu 32 dos 146 votos no Conselho - disse Léo na época.
Edmundo foi reeleito com apoio das organizadas em 2000 para, pouco menos de dois anos depois, ser ejetado via impeachment. O poder político de Léo, porém, não diminuiu. Ele conseguiu ser eleito presidente do Conselho Fiscal na gestão Márcio Braga. Foi nesse posto que acabou questionando Zico, tornando-se um dos protagonistas da crise rubro-negra atual.
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