Na última terça-feira, em nota oficial, a presidente Patrícia Amorim anunciou que a parceria entre Flamengo e CFZ havia sido desfeita em julho, quando Zico passou a ser dirigente do clube. Na Gávea, causou estranheza o fato de a rescisão só ter sido anunciada três meses após a ruptura.
Capitão Léo questiona o acordo do CFZ com a MFD, algo que não seria permitido por uma das cláusulas do contrato. O presidente do Conselho Fiscal também argumenta que o Flamengo dispensou vários jogadores da base para a entrada de jogadores do CFZ.
- Não sei por que vieram logo em cima de mim. Essa é a explicação que eu quero. Não precisavam vir a público com isso se você tem os contratos lá. Meu caso é total transparência. Soltaram um e-mail numa lista de conselheiros dizendo que o Flamengo teve prejuízo de R$ 50 milhões com o acordo. Brincadeira, hein! Não tenho nada a esconder, nada a temer, e acho lamentável que pessoas do Conselho Fiscal tenham vazado essas coisas. Vou ver que medidas tomar para saber se eles podem fazer isso – disse Zico.
Sobre seis jogadores da base do Flamengo que têm contrato com o CFZ, que agora é gerido pela MFD, Zico defende-se argumentando que todas as transferências tiveram aval de Toninho Barroso, coordenador das categorias de base do clube.
- Lógico que vou esclarecer isso tudo. Por exemplo: o CFZ não tem direito sobre nenhum jogador do Flamengo que jogou lá. Quem foi emprestado foram jogadores largados, que treinavam separados. E o CFZ quase caiu. Disputamos o rebaixamento com esses jogadores. No momento em que se salvou, não tinha quase nenhum jogando. Recuperamos até o Antônio, mas o CFZ não tem direito a nada. E desde que entrei no Flamengo, a MFD não tem nenhum jogador no clube. A não ser os que eles já tinham: Juan, Erick Flores e Egídio. O que têm hoje são os jogadores da base: três do juvenil, três no infantil. Nesses, o CFZ tem 50% em cada um. E também pegou oito do mirim e pré-mirim que o CFZ não tem direito a nada, porque acabou com as categorias. Esses jogadores foram aprovados pelo Toninho Barroso e pelos técnicos das categorias.
Para o dirigente, a base do clube não vinha sendo bem administrada até a sua chegada.
- Na base tem um jogador 100% do Sendas e ninguém se preocupou com isso. O Flamengo para comprar tem que pagar 60% do valor dele. Teve um garoto do Nova Iguaçu que ficou lá dois anos e o Flamengo teria que pagar U$ 400 mil para mantê-lo. Tinham três dos Artsul na mesma situação e ninguém se preocupou com isso. Esses clubes não deram nada ao Flamengo. Não vi ninguém cobrar essa questão do contrato do Fabrício, que saiu de graça, Mesma coisa o Thiago Sales que foi emprestado sem custo e tinha um contrato quase terminando.
Zico contesta também a tese de que a parceria não tinha benefício algum para o Flamengo.
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