Um dia depois da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, anunciar que o contrato entre Flamengo e CFZ está rescindido, o Conselho Fiscal rubro-negro decidiu na noite desta quarta-feira, na Gávea, após uma sindicância, que não será instaurado um inquérito para apurar detalhes do acordo. Foi nomeado, no entanto, um grupo de trabalho para fiscalizar os termos do fim do vínculo e verificar até que ponto as medidas tomadas desde a celebração da parceria, em 1º de março, têm validade.
- Com a extinção do contrato, acaba esta novela. Agora será instalada uma comissão para tratar do fim desta união – anunciou Leonardo Ribeiro, o Capitão Léo, presidente do Conselho, ao abrir a reunião.
A decisão foi tomada com base na nota oficial assinada por Patrícia Amorim, informando que a parceria foi desfeita assim que Zico assumiu o cargo de diretor executivo do Flamengo. O principal questionamento do Conselho é em relação aos efeitos do acordo no Rubro-Negro, já que desde agosto o clube fundado pelo Galinho fechou parceria com um grupo de investimentos que causou polêmica na Gávea ao fazer parte da negociação que colocou Renato Augusto no Bayer Leverkusen.
A formação de um grupo de trabalho, por sua vez, não satisfez a todos os conselheiros. Alguns deles se mostraram favoráveis à instauração de um inquérito, como Augusto Cesar Sansão. Exaltado, ele levantou até mesmo a possibilidade de impeachment de Patrícia Amorim.
- Por muito menos, colocamos o Edmundo Santos Silva para fora – disse, se referindo ao presidente que comandou o clube de 1999 a 2001. O conselheiro exigiu também que as investigações continuem.
Se a extinção do contrato com o CFZ responde aos anseios do Conselho, outros ofícios enviados para a diretoria seguem sem respostas. Os conselheiros pedem esclarecimentos, entre outros temas, sobre as contratações de jogadores como Leandro Amaral, Val Baiano e Cristian Borja; sobre a saída de Thiago Sales; o suposto envolvimento do filho de Zico, Bruno Coimbra, em uma negociação de parceria com o Vitória de Guimarães (Portugal); a dispensa sem justificativa de atletas da base para a chegada de jogadores do CFZ; a contratação de ex-funcionários do mesmo clube; e a forma de remuneração do diretor executivo.
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