domingo, 5 de setembro de 2010

Deivid vive sonho da estreia com o Manto Sagrado

Rio - Apaixonado quando criança pelo Flamengo, Deivid se acostumou a frequentar o Maracanã para torcer pelo seu time, quando ainda era morador de Marechal Hermes, Zona Norte do Rio. Neste domingo, às 16h, ele volta ao estádio para defender as cores do clube de coração, enfrentar o Santos e resgatar aquele sentimento, que aos poucos se encolheu durante a a trajetória profissional.

Para a torcida, a estreia do atacante é vista como a luz no fim do túnel. Ao lado de Diogo, ele tentará apagar, na última rodada do turno, a péssima imagem deixada pelo pior desempenho ofensivo de um time na história dos pontos corridos — 14 gols em 18 rodadas.

Com 30 anos, Deivid não pensa mais em ter outra aventura fora do País. Com três passagens pela Europa — Lecce, da Itália; Bordeaux, da França; e Fenerbahce, da Turquia —, o atacante se vê no ponto certo para brilhar com a camisa rubro-negra. Enquanto tenta ajudar o time, que está a quatro pontos da zona de rebaixamento, mira outros objetivos.

E, pelo menos nos sonhos, mostra-se em sintonia com o sentimento da torcida: “Ganhei quase tudo pelos clubes em que joguei aqui. Desde que acertei com o Flamengo, penso em ganhar títulos 24 horas por dia. Sou louco para ganhar a Libertadores e cheguei com muita fome e vontade”, diz Deivid que, apesar da idade, ainda pensa em seleção brasileira.

Criado no subúrbio carioca, Deivid deixou o Rio ainda aos 17 anos. No futebol paulista, fez sucesso no Corinthians e no Santos, adversário da estreia. Conheceu, na cidade santista, a mulher, Juliana, com quem teve seus três filhos, cujos nomes estão tatuados na pele: Giulia, 6 anos; Cauan, 4; e Maria Rosa, 3 meses. De volta ao lugar onde nasceu, ele vê no grupo do Flamengo potencial para ser campeão brasileiro, feito que conseguiu pelo Cruzeiro, em 2003, e com a camisa do Peixe, em 2004.

“ Já trabalhei com grupos vitoriosos e era o mesmo ambiente daqui. No Santos, o time havia perdido Diego, Alex, Paulo Almeida, mas, com o Vanderlei (Luxemburgo), fomos campeões ”, lembra Deivid.

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