Prevista para o mês de setembro, a assembleia ainda não tem data para acontecer. De acordo com o parecer do Conselho Fiscal, ao “entregar” a Taça das Bolinhas ao São Paulo, Ricardo Teixeira, associado Benemérito do Flamengo, feriu a cláusula do estatuto que obriga os sócios a zelarem pelo patrimônio do clube.
Anteriormente, o parecer foi levado ao Conselho de Administração, que não vislumbrou justificativa para a punição ao dirigente. Com isso, foi pedido para que a comissão jurídica do Conselho Deliberativo analisasse o caso. Mesmo assim, a decisão não foi modificada.
As iniciativas fizeram com que Leonardo Ribeiro, presidente do Conselho Fiscal, divulgasse um comunicado interno afirmando que “forças ocultas ligadas ao Dr. Ricardo Teixeira estariam impedindo a votação dessa abominável transgressão estatutária.”
O comunicado ainda pedia mobilização dos associados pela urgência da votação. “Peço a todos os membros, eleitos e natos do Conselho Deliberativo, a mobilização plena para que esse assunto seja pautado também junto ao plenário daquele Conselho, para que os associados independentes e preocupados com as coisas e o patrimônio do Flamengo, se manifestem sobre o tema.”
Apesar da negativa dos poderes, o presidente do Conselho Deliberativo, Sylvio Capanema, usou a manutenção da “linha de administração” para levar o caso ao plenário. Capanema explicou ao UOL Esporte que coloca para o Conselho Deliberativo todas as denúncias que chegam ao seu conhecimento. Inclusive, garantiu que não terá problemas de assinar a exclusão de Ricardo Teixeira do quadro, caso este seja o desejo dos membros do Deliberativo.
“Não existe problema. Já até falaram que a exclusão não teria sido votada por existir medo do Ricardo Teixeira. O meu papel é presidir o plenário e assinar o que for escolhido pelos membros. Se eles votarem pela exclusão, vou assinar sem qualquer problema. Não tenho medo de ninguém. Até se fosse o presidente Lula teria a mesma postura”, sentenciou.
A reportagem do UOL Esporte entrou em contato com a assessoria de imprensa do presidente Ricardo Teixeira, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.
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