Defesa do Fla vira muralha sob nova direção embaixo das traves

Val Baiano clama por chance de gol, a torcida clama por reforços para o ataque. No momento, os problemas do Flamengo resumem-se à parte ofensiva. Pudera. A defesa vai bem, obrigado. São apenas três gols sofridos nos sete jogos pós-Copa do Mundo, a melhor marca dentre as 20 equipes do Brasileiro.

E com goleiro novo. Titular por mais de 260 partidas, Bruno deixou o clube. A chance apareceu para Marcelo Lomba. Ao estilo mineirinho, o carioca criado nas ruas de Copacabana dispensou o número 1 e preferiu se firmar com a camisa 29 às costas.

- É legal usar a 1, mas melhor é fazer bom trabalho e solidificar meu nome primeiro. O Flamengo é muito grande e me contentar com o que tenho feito até agora é pouco – disse.

A média de apenas 0,42 gol por partida fala por si só. Mas as defesas ajudam a fortificar o nome do novo titular.

- Números são suficientes (para acabar com a desconfiança). Tenho a média boa, mas sei que daqui para frente a responsabilidade só aumenta – declarou.

Para o jogo contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, por incrível que pareça, a posição mais disputada é na zaga. Ronaldo Angelim está garantido, mas Jean, Welinton e David candidatam-se à outra vaga.

Situação inimaginável no início do ano, quando a defesa virou “peneira”. Nos sete primeiros jogos da temporada foram 13 gols sofridos – e, fora o clássico contra o Fluminense, os adversários eram os chamados "pequenos" do Campeonato Carioca.

- A equipe está se defendendo bem, marcando. Lógico que sempre vai haver dúvida e expectativa por causa das vitórias por 1 a 0. Mas tenho certeza que vamos melhorar – declarou Angelim.

Marcelo Lomba assina embaixo:

- Só posso agradecer aos meus zagueiros, aos volantes e até aos atacantes. No último jogo o Val Baiano saiu muito desgastado porque se esforçou na marcação.

Na oitava posição do Brasileiro, com 20 pontos, o Flamengo joga contra o Furacão domingo, às 16h (de Brasília), em Curitiba.