O delegado afirma que a execução do plano teve início em 4 de junho, dia anterior ao último jogo do Flamengo na competição nacional.
Nesse dia, de acordo com Moreira, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o adolescente teriam ido ao hotel em que Eliza estaria hospedada. Eles teriam dito que a levariam para encontrar Bruno. Porém, no trajeto até a casa do jogador, a jovem teria sidoi ferida pelo menor. Na chegada à casa de Bruno, Eliza teria sido separada do filho. A criança teria ficado sob os cuidados de Fernanda Gomes Castro, suposta amante do jogador.
- Durante todo o tempo, eles ficam se comunicando com Bruno, dizendo que o plano estava em execução - afirmou Moreira.
No notebook de Macarrão foi encontrado um contrato que Eliza seria obrigada a assinar, apresentando o valor de R$ 3,5 mil para pensão alimentícia e um apartamento em Minas Gerais, porque o jogador queria que a criança fosse criada perto da família dele.
- Já estava tudo previamente planejado. Ele ia fazer visitas constantes para um acordo judicial, disse que daria R$ 3,5 mil e um apartamento - disse Moreira.
Segundo o delegado, Eliza foi mantida em um quarto da casa até Bruno voltar da concentração do Flamengo, após um jogo contra o Goiás. Bruno, Fernanda, Eliza, o bebê, Macarrão e o menor teriam partido então para o sítio em Minas Gerais.
- Todo ano, o Time 100% era levado para o Rio de Janeiro - diz Moreira. O delegado explica que essa viagem teria sido usada como pretexto para Bruno viajar de Minas para o Rio. Fernanda teria estado com o goleiro no Rio e seguido com ele para Minas. Essa seria a comprovação da participação de Fernanda no crime.
Segundo o delegado, no dia 10 de junho, Macarrão, o menor e Sérgio Rosa Sales (primo de Bruno) levaram Eliza, a criança e uma mala até a região da Pampulha, em Belo Horizonte, onde encontraram o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Paulista.
A jovem teria sido levada até a casa de Bola, onde teria sido executada por asfixia. Segundo o delegado, Bola pediu para as pessoas saírem do recinto e, depois, voltou com um saco onde estaria o corpo de Eliza, levou ao canil e, segundo o menor, atirou uma das mãos aos cachorros.
Depoimento do menor
O depoimento do menor é citado pelo delegado como a prova da materialidade indireta da prova do assassinato de Eliza, além de várias testemunhas.
- O menor mudou a versão várias vezes, mas é o único que estava do início ao fim do caso. Não tem jeito de quebrar [o depoimento do menor]. É científico e coerente - afirma.
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