"Durante a Libertadores, nós tivemos bastante problema. Problemas fora de campo, problemas políticos também, problemas de diretoria, e caiu Andrade, caiu Marcos Braz. Uns caras que eu sou até suspeito de falar alguma coisa, pois acho que eles vinham fazendo um excelente trabalho. Foram campeões brasileiros. Tiraram essas pessoas, que eram o porto seguro dos jogadores. Aí você não sabe o que se passa na cabeça do jogador", criticando a ação da presidente Patrícia Amorim.
Outro objetivo do clube no primeiro semestre era conquistar o tetracampeonato carioca. Mas o sonho acabou ao perder na semifinal da Taça Guanabara e na decisão da Taça Rio para o Botafogo. Bruno elogiou o técnico Joel Santana pela conquista e reclamou do oba-oba feito pela imprensa à favor do Flamengo.
"Na final do Carioca, nós pegamos o Botafogo, que perdeu três anos consecutivos para o Flamengo. A imprensa falava que o jogo era nosso, e quando se mexe com o brio de um homem é complicado. Ninguém acreditava no Botafogo e ele foi campeão, e até hoje está mostrando o seu valor com um dedinho do Joel", afirmou.
Na temporada passada o Flamengo surpreendeu com uma arrancada final e conquistou o hexacampeonato brasileiro jogando um grande futebol. Porém, com as más atuações de Petkovic e Adriano, aliados a saída de Airton e Zé Roberto, o clube fracassou em 2010. Para Bruno, faltou comprometimento de alguns atletas em algumas partidas chaves.
"O futebol oscila muito, é como uma roda gigante: um dia estamos por cima e no outro por baixo. E quando estamos subindo, temos que trabalhar ao máximo para ficar lá em cima. Quando você se torna campeão, o foco muda. Você tem que tomar alguns cuidados. Nós tínhamos que ter encarado os jogos como os últimos da nossa vida e isso não aconteceu", analisou.
Após a briga com o sérvio Petkovic, maior ídolo da torcida, no vestiário do jogo contra a Universidad de Chile, ainda pela primeira fase da Copa Libertadores, o goleiro Bruno passou a ser perseguido e sendo o culpado pelos fracassos nas partidas disputadas no Maracanã pelos flamenguistas. O capitão do time afirmou que é normal a relação com a arquibancada e que ninguém apagará o título brasileiro que conquistou.
"Logo depois do jogo contra o Grêmio, eu saí do Maracanã e a torcida gritando "é campeão, é campeão". Mas, ao mesmo tempo, já veio um e disse "olha, tem a Libertadores!". Que é normal, pois temos uma torcida muito exigente, e a torcida que merece sempre estar disputando títulos e está acostumada com isso. Não é a toa que e o Flamengo. É o que eu falo, podem levar meu dinheiro, minha casa, mas meu titulo de campeão brasileiro ninguém vai levar".
Com a parada para a Copa do Mundo, o Flamengo terá tempo para treinar para apagar a eliminação na Copa Libertadores e se concentrar para brigar pelo heptacampeonato brasileiro. Nos quatro anos que esteve no clube, Bruno sempre conquistou um título na temporada e afirmou que em 2010 não será diferente.
"Sabemos que a vida continua, não podemos ficar presos a um técnico, diretor ou jogador. Nós tínhamos que buscar força para continuar lutando. Estou no quarto ano de Flamengo e posso garantir que não vou passar esse ano em branco. Estamos vivendo uma fase complicada, muitos jogadores saindo, mas tenho certeza que tudo vai se acertar. E quando as coisas se acertarem, nós vamos chegar, e quando a gente chega, vocês viram o que aconteceu no ano passado", concluiu o capitão da equipe da Gávea.
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