Ex-namorada de Bruno pode ter conversado com testemunha 'sob coação'

Os delegados Edson Moreira e Wagner Pinto, chefes do Departamento de Investigações e da Divisão de Crimes Contra a Vida, respectivamente, revelaram nesta quarta-feira que a estudante Eliza Silva Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno, do Flamengo, pode ter falado ao telefone no dia 9 de junho sob coação.

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, Eliza conversou com uma testemunha ao telefone no último dia 9, um dia após o carro de o jogador ter sido apreendido – um Land Rover, modelo Range Rover, que contém manchas de sangue.

“O carro foi utilizado dia 8 e ela (Eliza) falou dia 9. Ela pode ter hipoteticamente sido conduzida machucada neste veículo dia 8 e ainda estar viva, no dia 9, se houve o homicídio”, comentou o delegado Wagner Pinto em entrevista coletiva nesta quarta-feira.

Para conferir essas datas e verificar com quem Eliza efetivamente conversou por telefone e os locais das ligações, a Polícia Civil mineira está analisando o material coletado a partir da quebra do sigilo telefônico da estudante, que foi autorizado pela Justiça.

Entre as cerca de 20 pessoas ouvidas pelos policiais, desde o último final de semana, está Cleiton Silva Gonçalves, que dirigia o veículo de Bruno, apreendido por falta de pagamento de imposto no dia 8 de junho. Ele foi ouvido na terça-feira e negou qualquer envolvimento com o desaparecimento da ex-namorada do goleiro do Flamengo.

A modificação na data do desaparecimento de Eliza Samudio levou os policiais que investigam o caso a cogitar a possibilidade de um segundo veículo ter sido utilizado para levar o corpo da estudante, caso a hipótese de homicídio seja confirmada.