A diretoria do Flamengo tinha apenas uma opção: Joel Santana. O treinador postergou a resposta, pensou e decidiu ficar no Botafogo. Com o tiro n’água, a presidente Patrícia Amorim ficou de mãos atadas. As negociações com treinadores que interessam não seriam tão fáceis a ponto de fechá-las até a partida contra o Corinthians, quarta-feira, pelas oitavas de final da Taça Libertadores. A granada sem pino caiu na mão de Rogério Lourenço, um dos três auxiliares de Andrade e técnico da seleção brasileira sub-20. Ele não se intimidou com o desafio e mostrou-se afinado com o discurso da presidente de mudar a filosofia de negligência aos treinos.
- O que o jogador faz no jogo é resultado dos treinamentos. Não adianta passar a semana inteira sem treinar e dizer que resolve, como acontecia há 20, 30 anos O futebol, de um modo geral, e não apenas no Flamengo, não permite isso. Se querer as coisas certas é ser disciplinador, é por aí... – disse o treinador, que terá sua primeira experiência em um time profissional.
Rogério encontra um grupo muito criticado e em busca de uma nova identidade. Após o título brasileiro e o início ruim em 2010, o Rubro-Negro terá de se reinventar. Até porque esta é uma exigência da diretoria. Foi por isso que Andrade foi demitido, assim como a cúpula do futebol. Trabalhar com jogadores renomados, mas propensos às polêmicas não incomoda o novato.
- Depende como cada um vê as coisas. Eu vejo o lado de assumir uma equipe com jogadores de nível internacional.
Neste domingo, os jogadores do Flamengo, que não falam desde a partida contra o Caracas, quarta-feira, estão de folga. Voltam aos treinos na segunda à tarde. Os dois dias de trabalho antes da partida contra o Corinthians vão servir para o interino tentar passar suas orientações ao time.
- Óbvio que já tenho coisas na cabeça, mas nos treinamentos de segunda e terça vou colocá-las em prática. Não sou muito apegado às definições de tática por 4-4-2, 4-5-1... Não baseio meu trabalho nisso.
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